A apresentação da campanha de visibilidade da Cooperação das Cimeiras Ibero-americanas foi apresentada no dia 8 de novembro na Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), em Madrid, numa cerimônia em que intervieram o secretário de Estado de Cooperação Internacional e para a Ibero-América, Jesús Gracia; o secretário geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, e o Diretor da AECID, Juan López Doriga.
Sob o tema “Juntos promovemos”, a campanha, realizada pela Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB) e a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), tem como objetivo conseguir uma maior visibilidade dos resultados dos mais de 20 programas de Cooperação Ibero-americana atualmente em funcionamento.
A cooperação ao desenvolvimento na Ibero-América nos próximos anos debaterá a implementação da transferência de “conhecimento e talentos” antes da de recursos econômicos, referiu durante a apresentação o secretário de Cooperação Internacional para a Ibero-América, Jesús Gracia.
Explicou também que, durante a XXII Cimeira Ibero-americana, que reunirá nos dias 16 e 17 de novembro em Cádiz os Chefes de Estado e de Governo da América Latina e da Península Ibérica, analisar-se-á como renovar os esforços de cooperação que devem “seguir o caminho de uma maior integração e um maior envolvimento de todos os países”.
“O desafio dos países que formamos parte da comunidade ibero-americana vai ser como fazer da mesma uma comunidade de inteligência, de conhecimento e de talentos”, sublinhou Gracia.
Nas cimeiras celebradas desde 1991, os países Ibero-americanos promoveram programas de cooperação em áreas como a cultura, educação, investigação e conhecimento, coesão social e economia que são implementados com o apoio da Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB), as agências de cooperação e os programas nacionais de cada país.
Jesús Gracia afirmou que “não estamos num momento em que as transferências econômicas, de recursos, seja tão importante”, mas sim a “transferência de conhecimentos, a transferência de pessoas”.
“Estamos perante um dos desafios da comunidade ibero-americana e da cooperação ibero-americana, como tornar este espaço que compartilhamos em línguas, em cultura, em valores, em visão do futuro, como o tornar um espaço também para partilhar os talentos humanos”, conclui.
Pelo seu lado, Enrique V. Iglesias destacou que os resultados dos programas de cooperação geralmente ficam “um pouco à margem das cimeiras” e por isso muitas vezes é difícil dar visibilidade a estes projetos que estão a contribuir em áreas diferentes.
“Existe um trabalho coletivo que se foi organizando ao longo dos anos e que nos permite falar hoje de 23 programas e de 6 projetos adstritos que têm a ver com um espaço para os problemas sociais, problemas do conhecimento e os problemas relacionados com a cultura”, afirmou.
Entre os programas destacou o de IberMedia, que desde 1998 apoiou a realização de quase 1.300 projetos audiovisuais dos quais alguns receberam prêmios em festivais como o de Cannes, Veneza ou Sundance.
Além disso recordou que IBerEscena concedeu mais de 500 ajudas a projetos de teatro e dança a partir de 2007.
Na área social referiu o Programa de Bancos de Leite Humano que atende uma média de 167.000 recém-nascidos por ano em 255 locais em toda a América Latina, e o Plano Ibero-americano de Alfabetização (PIA) que ajudou na redução de 14 por cento do analfabetismo na região.
“O importante é que aqui participam os países que querem associar-se e contribuem para o programa, porque se comprometem na gestão e na participação, mas também na contribuição de fundos e isso dá um maior sentido de pertinência à cooperação”, acrescentou.
Mais informação: www.cooperacioniberoamericana.org
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