A secretária geral ibero-americana, Rebeca Grynspan, proferiu uma conferência na segunda-feira, 2 de fevereiro, na Universidade de Salamanca, sobre as relações entre a América Latina e a Europa, com a qual foi inaugurada a Escola de Inverno em Estudos Latino-americanos.
Grynspan assegurou que a América Latina não poderá competir e continuar a crescer “com equidade” se não apostar na sociedade do conhecimento, no investimento e no talento.
Em declarações aos jornalistas, a secretária geral manteve que as áreas econômica, comercial e de investimentos “continuam a ser prioritárias” na cooperação entre a Europa e a América Latina.
Acrescentou que a “educação, a ciência e a tecnologia se transformam num elemento fundamental” porque, de acordo com as suas palavras, a América Latina “não vai poder competir e continuar a crescer com equidade a menos que dê um salto em termos de produtividade e na sua aposta no investimento, talento e na sociedade do conhecimento”.
A secretária geral ibero-americana sublinhou a importância das relações entre a Europa e a Ibero-América, apesar desta última ser “uma região muito diferente daquela que conhecíamos há trinta anos, mas hoje, mais do que nunca, necessitamos de mais cooperação, de mais solidariedade entre todos e de mais multilateralismo”.
A América Latina “mudou” e fê-lo “para melhor”, e por isso recordou que “quadriplicou o seu Produto Interno Bruto (PIB) desde a década de 90”, que “baixou a pobreza em quase 60 milhões de pessoas e a desigualdade de uma forma muito importante – quase 1 por cento durante 10 anos –“.
No entanto, referiu a chegada de “tempos difíceis”, uma vez que agora “vem uma desaceleração econômica e temos de ver como com menos recursos, crescimento e espaço fiscal continuamos pelo caminho do crescimento com equidade”.
Neste sentido, afirmou que as desigualdades da América Latina constituem “o primeiro desafio a vencer”.
Relativamente às cúpulas ibero-americanas de Chefes de Estado e de Governo – a última teve lugar no México em dezembro de 2014 -, Grynspan recordou “a renovação” que se propôs porque a “América Latina é agora uma região diferente e requer uma relação mais simétrica e mais horizontal com a Europa”.
Assim, apostou em procurar “muitas mais complementariedades entre os organismos que existem para nos ajudarmos em vez de competirmos”.
Instituto de Iberoamérica de la Universidad de Salamanca
Por las aulas del Instituto de Iberoamérica de la Universidad de Salamanca han pasado un gran número de iberoamericanos que han tenido y tienen importantes puestos en gobiernos e instituciones iberoamericanas y, en algunos casos, se hace mención pública a que el Instituto forma cuadros dirigentes de la región. Tiene una alta producción científica a través de sus doctores y la investigación que se realiza se difunde de manera habitual en seminarios a los que asisten los estudiantes y que son una referencia por su calidad.
También publica cuatrimestralmente, en colaboración con Ediciones Universidad de Salamanca, la revista de Ciencias Sociales América Latina Hoy, sobre problemática socio-política y económica de la región y con una importantísima proyección.
Aunque las temáticas que se abordan en el instituto son muy amplias, tiene una especial importancia el trabajo que realizan en relación con aspectos como democracia, procesos electorales, buen gobierno, transparencia, etc. y eso hace también que sus investigadores colaboren con frecuencia y bajo petición con gobiernos iberoamericanos.
En cuanto a los estudiantes de la escuela de invierno, son de procedencia muy diversa, tanto iberoamericanos como europeos, aunque el foco principal continúa siendo América Latina. En este sentido, el Instituto, como se puede ver en su web http://americo.usal.es/iberoame/ , tiene ‘socios’ de trabajo en ambos continentes y busca ser ‘puente’ entre ambos espacios.
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