Andrés Allamand: “A Cúpula UE-Celac deve ser o ponto de partida de uma nova relação entre ambas as regiões”

Érika Rodríguez, coordenadora do relatório e professora da Universidade Complutense de Madri, presente ao ato, falou de um dos aspectos do relatório, a segurança, e como esta deve figurar na agenda de futuro da América Latina e da Europa. Um tema que deve ser visto, segundo a acadêmica, desde o ponto de vista das falhas das democracias e da desigualdade.

A Fundação Alternativas organizou nesta quinta-feira, na sede da Secretaria-Geral Ibero-americana, a apresentação de seu ‘Relatório América Latina e Europa: mais além da cúpula’, no qual se analisa a realidade dos países que conformam a Associação Estratégica entre a UE e a CELAC. Andrés Allamand, Secretário-Geral Ibero-americano, assinalou como a próxima reunião entre mandatários de ambos os continentes se apresenta como um ponto de partida para uma nova relação em múltiplos aspectos. Entre eles, apontou o diálogo político, os acordos comerciais, os investimentos, a cooperação, a relação de tudo o que representa a revolução digital, a segurança e as migrações.

Érika Rodríguez, coordenadora do relatório e professora da Universidade Complutense de Madri, presente ao ato, falou de um dos aspectos do relatório, a segurança, e como esta deve figurar na agenda de futuro da América Latina e da Europa. Um tema que deve ser visto, segundo a acadêmica, desde o ponto de vista das falhas das democracias e da desigualdade.

José Antonio Sanahuja, diretor da Fundação Carolina e coautor do relatório, indicou uma das grandes linhas que o documento recolhe: a preocupação a ambos os lados do Atlântico sobre a interrupção do diálogo político birregional entre a UE e a CELAC, em “suspenso desde 2015” perante um entorno cada vez mais exigente. Para o politólogo, a necessidade de revisar a relação a ambos os lados do oceano responde a um interesse geopolítico mútuo e aposta pelo multilateralismo; ao impulso que deve se dar à cooperação em democracia e em direitos humanos e a um novo modelo de desenvolvimento mais sustentável e igualitário. A embaixadora do México no Chile, Alicia Bárcena Ibarra, que interveio no ato de forma telemática, aprofundou nessa ideia de avançar em uma agenda mais progressista com políticas mais equitativas e com a visão posta nos âmbitos meio ambiental, digital e em novas formas de financiamento.

Por sua parte, Lorena Ruano, professora do CIDE, a cargo de um dos capítulos do relatório, destacou a complementariedade econômica que representa, tanto a América para a Europa como a Europa para a América.

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