Analisa-se o papel das Cúpulas para definir a identidade ibero-americana

O Secretário Geral Ibero-americano, Enrique V. Iglesias, inaugurou na terça-feira, 23 de julho, em Madrid, o Seminário “De Cádiz ao Panamá: a renovação do Espaço Ibero-americano”, organizado pela SEGIB, pela Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais FLACSO e pela Casa da América, e cujo eixo principal é analisar o papel das cúpulas ibero-americanas na definição de uma identidade comum.

O Secretário Geral Ibero-americano, Enrique V. Iglesias, inaugurou na terça-feira, 23 de julho, em Madrid, o Seminário “De Cádiz ao Panamá: a renovação do Espaço Ibero-americano”, organizado pela SEGIB, pela Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais FLACSO e pela Casa da América, e cujo eixo principal é analisar o papel das cúpulas ibero-americanas na definição de uma identidade comum.

Durante a cerimônia de abertura, participaram também a vice-ministra encarregada do Ministério de Relações Exteriores da República do Panamá, Mayra Arosamena; o Diretor Geral para a Ibero-América do Ministério espanhol de Assuntos Exteriores e de Cooperação, Pablo Gómez de Olea; o Secretário Geral da FLACSO, Adrián Bonilla, e o Diretor da Casa da América, Tomás Poveda.

Para Gómez de Olea, uma das grandes conquistas das cúpulas foi ter definido a identidade ibero-americana. Além disso, indicou que as cúpulas – que começaram em 1991 – “preencheram um vazio político que serviu de fórum não só entre os países da região e a Europa mas também como interlocutor do cone sul com a União Europeia.

Por outro lado, Mayra Arosemena recordou os progressos que a região viveu nas últimas décadas em matéria de democracia e direitos humanos e insistiu na importância da cooperação entre os países ibero-americanos.

Adrián Bonilla sublinhou a integração da América Latina “no novo multilateralismo mundial” perante o surgimento de democracias estáveis e “o arranque de economias emergentes”.

Insistiu, também, nos novos fluxos migratórios, tanto de latino-americanos que voltam para os seus países de origem depois de terem emigrado para a Europa ou para os Estados Unidos, como de europeus que emigram para a América Latina em busca de oportunidades devido ao contexto de crise do velho continente, que “é um tema complexo que liga a Europa à América Latina, cultural, social, familiar e economicamente”.

Por fim, Enrique V. Iglesias destacou o fato de na última Cúpula de Cádiz, em 2012, o desenvolvimento das economias era uma incógnita e afirmou que enquanto a Europa continua num contexto de recessão, na América Latina as economias emergentes têm vindo a fortalecer-se.

Sublinhou também a importância da nova Aliança do Pacífico como espaço comercial de suma importância na economia mundial e insistiu na importância de “concentrarmos a temática das cúpulas em temas de grande impacto político, social e econômico”.

No início de julho o ex-presidente chileno Ricardo Lagos entregou a uma vintena de Ministros de Assuntos Exteriores reunidos no Panamá, um documento com propostas para melhorar o funcionamento das cúpulas, incluída que se celebram de dois em dois anos após a edição de 2014, que terá lugar em Veracruz (México).

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