A América Latina é uma verdadeira super-potência em matéria de biodiversidade, e esta condição está em risco, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), “a menos que os governos da região assumam o seu pleno potencial como super-potências”.
O PNUD apresentou na quinta-feira, 2 de dezembro, o relatório “América Latina e o Caribe: uma super-potência em biodiversidade”, na Cúpula Ibero-Americana de Chefes de Estado de Mar del Plata, que insta os governos da região a “avaliar a contribuição económica” que geram a biodiversidade e os serviços dos ecossistemas, como a provisão de água, a polinização de culturas, etc., em áreas como “a produção de alimentos, o controlo de doenças, o fabrico de produtos farmacêuticos e o turismo, entre outros, advogando ao mesmo tempo o investimento e contribuições em atividades comerciais sustentáveis”.
O relatório reúne investigações sobre o potencial a longo prazo da região, e refere a importância da biodiversidade e dos serviços dos ecossistemas para o desenvolvimento sustentável e a competitividade.
A região da “América Latina e Caribe possui uma das maiores dotações de capital natural do mundo”, declarou Heraldo Muñoz, secretário geral adjunto das Nações Unidas e Diretor do PNUD para a América Latina e Caribe. “As políticas recomendadas no nosso relatório têm potencial para transformar os modelos tradicionais de desenvolvimento, melhorando a qualidade de vida a milhões de pessoas mediante a conservação e recuperação da nossa biodiversidade e serviços dos ecossistemas”.
O relatório recomenda que os governos proponham iniciativas, como benefícios fiscais para os investimentos diretos públicos e privadas, ao mesmo tempo que aumentam os esforços para aumentar a sensibilização dos encarregados de formular políticas.
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