América Latina perante a encruzilhada do êxito: melhorar a educação para crescer com equidade

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Perante o abrandamento econômico previsto para a América Latina, melhorar a qualidade da educação e o desenvolvimento das competências são chave para o crescimento inclusivo, assim como continuar a reduzir a desigualdade. Esta é a recomendação central do relatório Perspectivas Econômicas da América Latina 2015 da OCDE, da CEPAL e da CAF, apresentado hoje na Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB).

Após vários anos de crescimento e conquistas sociais, as economias da América Latina veem-se perante uma desaceleração do seu crescimento de acordo com Perspectivas Econômicas da América Latina 2015, relatório conjunto da OCDE, da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) e do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) que destaca a educação como veículo para uma maior resistência social perante mudanças de conjuntura econômica.

“Apesar da pobreza extrema se ter reduzido na América Latina, esta queda parou a partir de 2012”, refere Mario Pezzeni da OCDE e acrescenta que “melhorando o nível educativo, se podem abordar as persistentes e profundas desigualdades socioeconômicas na América Latina”.

A chave para o crescimento com equidade está em oferecer oportunidades, afirma a Secretária Geral Ibero-americana, Rebeca Grynspan. “Por detrás dos números econômicos estão sempre as pessoas, e a aposta na qualidade da educação é uma aposta na luta contra a desigualdade”, disse durante a apresentação do relatório.

O Secretário de Estado de Cooperação Internacional e para a Ibero-América de Espanha, Jesus Gracia, reiterou o firme compromisso de Espanha com os países da região e destacou que “o desenvolvimento da América Latina é bom para toda a Comunidade Ibero-americana”.

As medidas recomendadas pelo relatório abarcam desde melhorar a qualidade dos investimento em educação pré-primária, até à colaboração entre governos e setor privado para que a educação coincida com a procura de capacidades numa economia em constante mudança.

“Se se quer conseguir inclusão social, a educação tem de ser acompanhada de reformas na estrutura produtiva e de maior inovação”, advertiu Mario Cimoli, da CEPAL.

As recomendações de Perspectivas Econômicas da América Latina 2015 coincidem plenamente com o acordado na XXIV Cúpula Ibero-americana de Veracruz (8 a 9 de dezembro de 2014, Veracruz, México), que situa a educação como um dos fatores chave “para a erradicação da pobreza assim como para alcançar um desenvolvimento sustentável mais dinâmico”.

Ligantes de interesse:

Perspectivas Econômicas da América Latina 2015: http://www.latameconomy.org/es/

Declaração de Veracruz: https://www.segib.org/sites/default/files/1.Declaracion%20Veracruz%20JEG-E.pdf

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