América Latina: a única região que nos últimos 15 anos diminuiu em pobreza e desigualdade

No passado 15 de março, a Secretária Geral Ibero-americana, Rebeca Grynspan, participou na XXX Assembleia Ordinária do Parlatino, celebrada no Panamá. Durante a sua intervenção “Perspectivas para…

No passado 15 de março, a Secretária Geral Ibero-americana, Rebeca Grynspan, participou na XXX Assembleia Ordinária do Parlatino, celebrada no Panamá.

Durante a sua intervenção “Perspectivas para a América Latina e o Caribe perante as mudanças socioeconômicas e políticas no mundo” a Secretária Geral Ibero-americana destacou que a América Latina é a única região que nos últimos 15 anos diminuiu em termos de pobreza e de desigualdade, uma vez que durante este período 60 milhões de pessoas conseguiram sair da pobreza e 80 milhões passaram a fazer parte das classes médias, fazendo com que, desde o ano de 2009, a população em situação de pobreza seja menos numerosa do que o resto, e dando lugar a que a classe média represente hoje um terço da população regional.

A Secretária Geral Ibero-americana referiu ainda que o Panamá e um dos países mais dinâmicos neste processo, conseguindo um crescimento médio de 7% por ano entre 2000 e 2004 (o maior de toda a região), projetando-se não só como a economia que mais crescerá no ano de 2015, com uma taxa de 6%, como também o país que melhor desempenho mostrará nos cinco anos seguintes, com uma expansão média anual esperada de 6.5%.

Entre as ações públicas que ajudaram a conseguir estes resultados, estão o aumento do volume da despesa social e a sua melhor distribuição em maior medida entre as pessoas de menos rendimentos, tal como uma melhor carga tributária, apesar de ainda existir um grande caminho por percorrer.

“Em suma, demos os primeiros passos no processo do melhoramento da qualidade de vida e das oportunidades dos habitantes da América Latina, mas, no entanto, há muito para fazer nos tempos atuais, o que nos recorda a urgência de acelerar as ações para uma maior coesão social que consolidem as conquistas atuais e ultrapasse o bem-estar material para chegar ao respeito pela dignidade de cada pessoa e dos seus direitos fundamentais, devemos apostar na educação, na cultura e na coesão social para reverter a pobreza”, acrescentou a Secretária Geral Ibero-americana.

“Os últimos anos mostraram-nos que na região somos capazes de alcançar conquistas sem precedentes através de um maior fortalecimento institucional, de acordos inter-setoriais e de vontade política, mas é necessário avançar e assumir novos desafios com vista a continuar a fortalecer o desenvolvimento da América Latina”, acabou por comentar a Secretária Geral Ibero-americana.

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