O Encontro “América Central e Espanha, chaves do futuro após 25 anos de associação”, foi o quadro principal para a reflexão sobre o impacto e o futuro da cooperação espanhola nesta região da América Latina. Celebrou-se no centro de Formação da AECID, na Antígua, Guatemala, nos passados dias 22 e 23 de janeiro.
A atividade foi inaugurada pelo Embaixador de Espanha na Guatemala, Manuel María Lejarreta; pelo Vice-ministro de Relações Exteriores da Guatemala, Carlos Raúl Morales; pelo Diretor de Cooperação para a América Latina e Caribe da AECID e pelo Secretário Geral do Sistema de Integração da América Central, Hugo Martínez. Os três últimos fizeram parte do painel que constituiu a primeira sessão do Encontro, intitulado “Recuperação da história – 25 anos de desenvolvimento na América Central, 25 anos de associação com Espanha”, no qual participou ainda o ex-presidente da Guatemala, Vinicio Cerezo, e que foi moderado pela Diretora do Escritório de Representação para a América Central e Haiti da SEGIB, Doris Osterlof.
Participaram no evento representantes dos organismos de integração da América Central, entre eles, Carmen Gisela Vergara, Secretária Geral do Subsistema de Integração Econômica; Hazel Escrich, Secretária Geral do Subsistema de Integração Social e Misotis Rivas, Secretária Executiva do Conselho de Ministras da Mulher. Também um grupo destacado de especialista internacionais, entre eles, Hugo Beteta, da CEPAL-México; Joaquím Tres, do BID; Juan Alberto Fuentes, da CEPAL; William Pleitez, do PNUD; Pedro Caldentey, da Fundação ETEA e Vicente González, Assessor Principal do Fundo Espanha-SICA, entre outros.
Importa referir que a América Central é um âmbito de especial relevância para a cooperação espanhola. Dada a experiência que Espanha teve na região, fala-se provavelmente de uma zona do mundo que explica melhor do que nenhuma outra a evolução e maturidade da sua cooperação; que nasceu na América Central com a criação em 1984 dos primeiros escritórios de cooperação técnica de Espanha, constituindo-se no germe da presença no exterior da cooperação espanhola.
Esteve presente na América Central com todos os seus atores e todos os instrumentos, tanto bilaterais como multilaterais que lhe foram aplicados na região. Após 25 anos de aliança, a cooperação espanhola na América Central identifica-se pelas caraterísticas seguintes:
- É um dos parceiros principais de quase todos os países da região.
- É uma cooperação marcada pela diversidade de atores (cooperação oficial, não governamental, descentralizada, multi-bilateral ou estritamente multilateral apesar de ter financiamento espanhol).
- É uma cooperação que usa a sua crescente diversidade de instrumentos. As subvenções bilaterais, as convocatórias de projetos para as ONDG espanholas, a convocatória aberta e permanente, o Fundo da Água, os apoios orçamentais, a cooperação delegada, a convocatória especial para a segurança alimentar, o programa SICA, as janelas do milénio do Fundo para os objetivos do Milênio no PNUD e outros instrumentos.
- E é, por fim, uma cooperação marcada pela aposta num modelo baseado na agenda da eficácia da ajuda.
Neste sentido, após 25 anos, a AECID promoveu este Encontro como um espaço de reflexão sobre a análise das relações entre Espanha e a América Central, e sobre o futuro, com os objetivos seguintes:
- Planear os debates do desenvolvimento e a equidade na América Latina 25 anos após os acordos de Paz;
- Contribuir para a redefinição dos princípios da associação entre a América Central e Espanha;
- Apoiar o desenho de uma proposta de eixos da agenda da cooperação de Espanha com a América Central apoiada em renovados e eficazes instrumentos e modalidade de cooperação.
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