O VIII Encontro SEGIB-CAF de Economistas, organizado por ambas as instituições, foi celebrado nos dias 13 e 14 de julho em San Ildefonso de la Granja e serviu de fórum para refletir sobre os temas de atualidade que  preocupam a comunidade ibero-americana e permitiu reunir um grupo de economistas da região heterogêneo.

Procedentes de instituições, organismos internacionais, academias, bancos de fomento e da política, os mais de 30 especialistas convocados intercambiaram pontos de vista sobre o momento econômico que a região atravessa, assim como opiniões e estratégias para encarar os desafios comuns, que permitam regressar ao caminho do crescimento da última década, que tirou vários milhões da pobreza e assegurou a outros tantos uma classe média cada vez mais estável.

Além disso, os participantes tiveram também ocasião de tratar de assuntos relacionados com o processo de renovação da Secretaria Geral Ibero-americana e uma das suas maiores ferramentas de interação, a Cúpula Ibero-americana. As suas opiniões sobre o assunto foram uma grande contribuição para construir uma visão comum e aprofundar o caminho empreendido por e na Cúpula de Veracruz (México) de 2014 para obter resultados concretos que tragam benefícios para a cidadania.

Este VIII Encontro foi presidido pela Secretária Geral Ibero-americana e pelo Diretor para a Europa do CAF, Guillermo Fernández de Soto, e teve como tema central “a situação econômica, o emprego e a produção na Ibero-América perante o redesenho do mundo e das mudanças tecnológicas”.

Os painéis trataram de diversos temas tais como o cenário internacional e a nova realidade econômica da América Latina, as relações com a Europa, a emergência de novos atores globais, os novos acordos comerciais e de investimento, o presente e o futuro do emprego no mundo da nova normalidade e a mudança tecnológica acelerada. 

Conclusões na Casa de América

As conclusões do VIII Encontro de Economistas da SEGIB e do CAF foram expostas no encerramento do fórum na Casa da América de Madrid onde os participantes estiveram de acordo quanto ao fato de ser necessário impedir que os milhões de latino-americanos que saíram da pobreza na última década caiam de novo nela.

Esta “grande responsabilidade”, por sua vez, foi referida como um dos grandes desafios que a região deverá enfrentar nos próximos anos, “onde já não se terá o contexto internacional tão a favor como se teve” no passado recente, em que a América Latina não esteve tão exposta à crise econômica internacional como outras regiões.

A Secretária Geral Ibero-americana destacou o compromisso com os latino-americanos, com as classes médias, e, em especial, com os jovens “mais preparados da nossa história” que reclamam uma maior qualidade de vida.

“Trata-se também de uma oportunidade. Esta América Latina não pode ser complacente, não podemos falhar, temos de estar à altura das aspirações dos jovens mais educados que temos criado e construir um projeto de sociedade comum porque sem ele não existe o longo prazo”, sublinhou Grynspan.

Na cerimônia da Casa da América participaram também o diretor para a Europa do CAF, Guillermo Fernández de Soto, o diretor geral para a Ibero-América do Ministério de Assuntos Exteriores espanhol, Pablo Gómez de Olea, o ex-ministro da Economia da Argentina, José Luis Machinea, o coordenador estatal de Assuntos Internacionais e de Apoio a migrantes poblanos do Governo de Puebla (México), e o diretor do Relatório de Desenvolvimento Humano do Banco Mundial, Luis Felipe López-Calva.