A Ibero-América procurará redefinir a cooperação na Cimeira de Cádiz.

A reinvenção da cooperação no quadro das novas realidades políticas e econômicas da América Latina e a península ibérica será o tema geral da Cimeira de novembro próximo em Cádiz, afirmou no dia 18 de agosto no Panamá o secretário-geral ibero-americano, Enrique Iglesias.
O objetivo central…

A reinvenção da cooperação no quadro das novas realidades políticas e econômicas da América Latina e a península ibérica será o tema geral da Cimeira de novembro próximo em Cádiz, afirmou no dia 18 de agosto no Panamá o secretário-geral ibero-americano, Enrique Iglesias.

O objetivo central da Cimeira, “planeado pelo governo de Espanha como anfitrião, é repensar o papel da cooperação ibero-americana” à luz das mudanças que ocorreram desde que em 1991 nasceram as Cimeiras Ibero-Americanas”, afirmou Iglesias na conferência de imprensa na capital do Panamá, onde argumentou que no plano político, contrariamente ao que acontecia há duas décadas, os países ibero-americanos “estão muito organizados nas suas respectivas regiões” geográficas e estão “mais seguros das suas democracias.

No aspecto econômico, destacou que neste momento a Europa é uma região com problemas graves, enquanto que a “América Latina foi crescendo” ao ponto que o seu “produto (interno bruto) quase triplica” o da península ibérica.

Nesse contexto, Iglesias referiu como uma nova forma de cooperação, que os Estados promovam a fusão das pequenas e médias empresas (PME) para “melhorar a produtividade de um setor que é um grande gerador de empregos”.

Os países da Ibero-América têm de “sair juntos para defender a criação de instituições que possam servir para melhorar o investimento”, como por exemplo “organismos de competitividade” e “um Centro de Arbitragem e Disputas ao serviço das PME”, afirmou.

No tema da educação, a “Espanha e a América Latina podem fazer juntas coisas importantes”, como o já “estão a fazer” através de um “grande programa de melhoramento da qualidade educativa”, uma vez que a educação é a ferramenta que permitirá à América Latina tirar proveito do momento econômico positivo que vive e dar-lhe sustentabilidade, destacou Iglesias.

Toda a Ibero-América necessita de “tecnologia” e os Estados devem explorar “programas de colaboração entre os grandes centros de investigação para tentar melhorar a eficiência dos processos produtivos a partir das inovações tecnológicas”, afirmou.

“Acreditamos também que temos de trabalhar juntos para defender as línguas espanhola e portuguesa, a cultura e dar-lhe vigor a nível internacional. Somos uma potência cultural, a qual gera dividendos econômicos, não apenas culturais”, acrescentou Iglesias.

A cimeira de Cádiz, além disso, celebrar-se-á num quadro “muito especial”, que é a comemoração dos “200 anos da primeira Constituição liberal na história da Ibero-América e do mundo”, destacou o secretário.

“Acreditamos que a XXII Cimeira Ibero-Americana vai ser uma reunião dinâmica, que vai ter resultados interessantes e coisas muito concretas sobre a mesa para oferecer à cooperação”, afirmou Iglesias.”

 

 

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