A educação, chave do crescimento e da prosperidade da Ibero-América

Especialistas e responsáveis políticos de diversos países analisaram os desafios da educação na Ibero-América como chave para o crescimento da região na jornada da XXVII Semana da Educação, organizada pela Fundação Santillana na terça-feira, 20 de novembro, no Círculo de Belas Artes de Madrid. Na inauguração da cerimônia intervieram o ministro da Educação, Cultura e…

Especialistas e responsáveis políticos de diversos países analisaram os desafios da educação na Ibero-América como chave para o crescimento da região na jornada da XXVII Semana da Educação, organizada pela Fundação Santillana na terça-feira, 20 de novembro, no Círculo de Belas Artes de Madrid.

Na inauguração da cerimônia intervieram o ministro da Educação, Cultura e Desporto, José Ignacio Wert, o secretário geral Ibero-americano, Enrique V. Iglesias; o secretário de Estado de Cooperação Internacional e para a Ibero-América, Jesús Gracia e Ignacio Polanco, presidente da Fundação Santillana.

Durante a sua intervenção, José Ignacio Wert defendeu a educação como chave “no crescimento e prosperidade da Ibero-América”, uma “comunidade de línguas” que tem o seu grande potencial na “mobilidade dos seus jovens” e a “reflexão compartilhada”.

Além disso, o Ministro destacou o “momento chave” que vive a concepção da Ibero-América e a relação que existe no seio da comunidade, uma relação, disse, que “deve projetar os seus pontos fortes para o terceiro milênio”.

“A Ibero-América é uma comunidade de língua, de cultura educativa. A Ibero-América é futuro, e nesse futuro a educação é essencial”, sublinhou.

Pelo seu lado, o secretário geral Ibero-americano, Enrique V. Iglesias, sublinhou hoje a necessidade de uma educação “de qualidade e integral” na América Latina e advertiu que de contrário “transformar-se-á em mais um fator de distanciamento social”.

Iglesias salientou também a importância de “provocar na América Latina um processo acelerado de recursos humanos”, um tema no qual Portugal e Espanha, disse, estão mais avançados. “A Península Ibérica e a América Latina têm a capacidade de se fortalecer mutuamente e devem fazê-lo”, afirmou.

Nesse sentido, Enrique V. Iglesias advogou o “fomento da passagem de recursos humanos” de um lado para o outro do Atlântico, “como antes foi ao contrário”. À medida que a economia de região cresce, as pessoas dão-se conta que a única forma de subir é formar-se, e fazem-no, a qualquer hora, à noite, porque compreendem a sua importância”, disse.

Apontou, também, algumas conquistas conseguidas na região nos últimos anos, em que se conseguiu passar de um investimento em educação de 3,4 por cento do PIB para 5 por cento, e destinaram-se 710 dólares por estudante em vez dos 300 de antes.

As atividades da Semana da Educação arrancaram com os encontros acadêmicos celebrados no passado dia 12 de novembro em A Coruña e no dia 13 na Universidade de Alcalá de Henares, e com atividades escolares sobre a comemoração do Bicentenário da Constituição de Cádiz, através da literatura infantil e juvenil Ibero-americana, em diferentes centros educativos dessas duas cidades e de Cádiz.

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