A Cúpula Ibero-americana do Panamá vai rever a cooperação na região

O Diretor do escritório da Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB) no Brasil, Germán García da Rosa, afirmou no passado dia 7 de outubro, durante um encontro com jornalistas em Brasília, que a Cúpula Ibero-americana, que se celebrará no Panamá nos próximos dias 18 e 19 de outubro, vai rever as formas de cooperação na comunidade em função das mudanças econômicas e sociais em muitos países latino-americanos.

O Diretor do escritório da Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB) no Brasil, Germán García da Rosa, afirmou no passado dia 7 de outubro, durante um encontro com jornalistas em Brasília, que a Cúpula Ibero-americana, que se celebrará no Panamá nos próximos dias 18 e 19 de outubro, vai rever as formas de cooperação na comunidade em função das mudanças econômicas e sociais em muitos países latino-americanos. 

“Tentar-se-á focalizar melhor os projetos” e também dar mais espaço para a cooperação trilateral e no âmbito sul-sul, assegurou García da Rosa. Explicou que a “re-planificação” da cooperação acontecerá devido ao fato de vários países latino-americanos terem alcançado o estatuto de nações de rendimento médio. Entre eles referiu Brasil, Colômbia, México, Uruguai e Peru, que, entre outros, chegaram ao grau de rendimento médio e até criaram as suas próprias agências de cooperação, com as quais se pode estabelecer uma nova forma de coordenação de projetos dirigidos a outros países ibero-americanos. 

O Embaixador de Espanha no Brasil, Manuel da Câmara, presente na conferência de imprensa, afirmou que o Governo espanhol, que tem vastos planos de cooperação com toda a América Latina, já começou a revê-los em função desta nova realidade social e econômica. Citou como exemplo que a cooperação entre Espanha e o Brasil aponta agora para reforçar a ajuda a terceiros países, que passaram a ser o principal objetivo de ambas as nações. 

No caso particular do Brasil, o representante da SEGIB indicou que proporá no Panamá que se amplie a cooperação no âmbito cultural e apresentará programa que já se desenvolvem nesse âmbito e que possam ser adotados pela comunidade ibero-americana. 

Segundo García da Rosa, o Brasil oferecerá à Ibero-América a sua experiência com o programa Cultura Viva, que desde 2005 fomentou iniciativas dirigidas a fortalecer o “protagonismo” dos setores mais pobres da sociedade na cena cultural. 

Na Cúpula Ibero-americana do Panamá, os governantes também analisarão a proposta, já quase acordada, de que estes encontros, que são anuais desde a sua constituição em 1991, passem a celebrar-se  cada dois anos, a partir do encontro já previsto para o México em 2014. 

Além disso, deverá começar o processo para a eleição de um novo secretário geral ibero-americano, cargo criado em 2005 e que desde então foi ocupado pelo uruguaio Enrique V. Iglesias. Conforme explicou García da Rosa, o sucessor de Iglesias deverá ser eleito durante 2014 e anunciado antes da Cúpula Ibero-americana do México.

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