A América Latina e o Caribe marcam rumo no acesso a água e saneamento

A América Latina e o Caribe melhoraram o acesso à água em mais de 50% nos últimos anos, sobressaindo assim como a região em desenvolvimento que melhor cobertura tem, afirmou a

A América Latina e o Caribe melhoraram o acesso à água em mais de 50% nos últimos anos, sobressaindo assim como a região em desenvolvimento que melhor cobertura tem, afirmou a Secretária Geral Ibero-americana, Rebeca Grynspan, no Fórum da Água e Saneamento celebrado no dia 8 de junho em Madrid.

O fórum foi inaugurado pelo Rei de Espanha, Felipe VI, juntamente com a Secretária Geral Ibero-americana, o Presidente do Paraguai, Horacio Cartes, o Ministro de Assuntos Exteriores espanhol, José Manuel García-Margallo, e o Presidente do BID, Luis Alberto Moreno.

A América Latina é a região com mais reservas de água doce do mundo, concentrada no subsolo guarani do Brasil, Paraguai e Uruguai. No entanto, continua-se sem alcançar os níveis desejáveis de acesso à água e ao saneamento.

A falta de água tem uma dimensão social. Assim, por exemplo, na América Latina milhares de mulheres e raparigas veem-se obrigadas a investir milhões de hora, cerca de 25% do seu tempo, para acarretar a água até às suas casas, reduzindo a sua produtividade econômica e social e afetando a sua saúde.

No seu discurso inaugural, o Rei Felipe VI advertiu que a mudança climática agrava o desafio da água para todos, ao mesmo tempo que destacou a experiência espanhola em programas de gestão de água.

Rebeca Grynspan pôs em relevo as desigualdades que persistem na região, com “30 milhões de latino-americanos sem acesso à água e 100 milhões a nenhum tipo de saneamento”. A Secretária Geral Ibero-americana avaliou muito positivamente o Fundo de Cooperação para a Água e Saneamento (FCAS) da Agência Espanhola de Cooperação (AECID), que, com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) leva a cabo 66 programas em 19 países da região.

Por outro lado, o presidente do Paraguai, Horacio Cartes, recordou que o acesso à água e ao saneamento é um direito humano, enquanto que o presidente do BID, Luis Alberto Moreno, sublinhou que reafirmar os compromissos internacionais a favor do acesso e saneamento de água é fundamental neste ano, quando se redefinem os critérios de desenvolvimento sustentável que serão aprovados pelas Nações Unidas em setembro de 2015.

Perante este pano de fundo, Grynsapn destacou que a comunidade ibero-americana conta com um programa para a “transformação e transferência tecnológica em matéria de gestão integrada de recursos hídricos”, no qual participam 14 países da região.

Ler o discurso completo da Secretária General Ibero-americana

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