O Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, o Presidente de FINEP (Brasil), Glauco Arbix, e o Secretário-Geral de Inovação de Espanha, Juan Tomás Hernani, inauguraram na sexta-feira 15 de junho, na sede da SEGIB em Madrid, a primeira reunião do Comité Inter-governamental do novo Programa Ibero-Americano de Inovação, com a assistência de representantes dos doze países que já são membros do mesmo: Argentina, Brasil, Bolívia, El Salvador, Espanha, Nicarágua, México, Panamá, Paraguai, Uruguai, Peru e Portugal.
Enrique V. Iglesias recordou que este Programa de Inovação tinha sido pedido repetidas vezes pelos governos da região, em sucessivas Cúpulas Ibero-Americanas e assinalou a importância desta primeira reunião para definir as etapas a cumprir no futuro imediato. Manifestou que “sermos capazes de inovar é o que nos dará a chave para assegurar o desenvolvimento e aproveitar o atual auge económico da América Latina”.
Glauco Arbix, pelo seu lado, insistiu na necessidade de aproveitar com rapidez, trabalhando depressa, a atual conjuntura positiva, que poderá não durar, dadas as dificuldades económicas vividas a nível mundial. Também sublinhou a necessidade de realizar medições fiáveis dos progressos que se consigam, através de indicadores fiáveis.
Juan Tomás referiu que a inovação necessita de um contexto internacional, e que temos a sorte de ter as portas do mundo abertas para avançar no desenvolvimento tecnológico, desenvolvimento que condiciona as possibilidades de crescimento de cada país concreto. “Todos os governos estimulamos a inovação e a cooperação em aberto, o que gera o impacto muito maior do que trabalhar separadamente em projetos fechados”, afirmou.
Federico I. Poli, Diretor da Divisão de Assuntos Económicos da SEGIB, referiu que o papel da SEGIB neste e noutros Programas de Cooperação é facilitar o encontro dos países, e por isso são os respectivos governos que decidem a evolução de cada Programa. Comentou também as linhas previstas de ação do Programa de Inovação, que são:
Projetos de investigação aplicada, desenvolvimento, inovação, transferência e intercâmbio tecnológico, liderados pelas empresas e realizados em colaboração transnacional com outras empresas, Universidades, Centros Tecnológicos e/ou de Investigação.
Plataformas Tecnológicas Setoriais Ibero-Americanas:
- Estruturar a cooperação tecnológica entre coletivos de vários países, que compartilham um interesse comum em gerar projetos e gerar alianças estratégicas entre os seus parceiros para resolver exigências produtivas, económicas e sociais.
- Resultantes de compromissos convergentes entre o setor produtivo, especialistas setoriais e Agências/Instituições que possam contribuir para o financiamento de projetos.
- As suas ideias serão apresentadas em Agendas Estratégicas de I + D + i que identificarão e ativarão a apresentação de projetos a aprovar e financiar dentro do Programa.
- Alguns exemplos de áreas de interesses comuns a vários países da região: TIC, Agro-alimentação, Logística e Transporte, Turismo, Química… etc.
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