Seminário sobre Populações Afro-descendentes na América Latina

Realizou-se nos dias 28 e 29 de Março na cidade do Panamá, o Seminário sobre “Populações Afro-descendentes na América Latina", organizado pela Secretaria-Geral Ibero-Americana (SEGIB) e com  o apoio da Comissão Européia, em cumprimento do mandato acordado pelos Chefes de Estado e de Governo que…

Realizou-se nos dias 28 e 29 de Março na cidade do Panamá, o Seminário sobre “Populações Afro-descendentes na América Latina”, organizado pela Secretaria-Geral Ibero-Americana (SEGIB) e com  o apoio da Comissão Européia, em cumprimento do mandato acordado pelos Chefes de Estado e de Governo que participaram na XVII Cúpula Ibero-Americana celebrada em Santiago do Chile.

Durante um dia e meio, representantes dos governos da região, organismos internacionais, organizações afro-descendentes e acadêmicos e outras personalidades, reuniram-se no Panamá para analisar a situação atual das populações afro-descendentes de América Latina e procurar sua maior inclusão social e política.

Assim mesmo, o seminário permitiu analisar a cooperação internacional que recebem estes grupos, como gerar um intercâmbio de experiências e boas práticas nesta matéria.

Durante a inauguração e a clausura, se contou com a presença do Primeiro Vice-Presidente e Ministro das Relações Exteriores, Samuel Lewis Navarro, do Ministro de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Brasil, Edson Santos; do Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, da Primeira Dama da República do Panamá, Vivian Fernández de Torrijos, da Diretora para a América Latina e o Caribe da Comissão Européia, Alejandra Cas e da Diretora Regional para a América Latina e o Caribe do PNUD, Rebeca Grynspan

Enrique V. Iglesias manifestou que através do seminário mais de 100 milhões de afro-descendentes fizeram-se ouvir para fazer valer seus direitos e que este encontro serviu para criar uma maior consciência sobre a situação de exclusão social que afeta a estas populações na região.

O Secretário-Geral Ibero-Americano destacou, também, que “Quando falamos de comunidade Ibero-Americana estamos falando do grande encontro entre as culturas originária e das culturas européias, mas também das contribuições de outras culturas, como as africanas”.


A organização do seminário contou com a colaboração do Governo do Panamá, da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

As coletividades afro-descendentes da América Latina representam ao redor da quinta parte do total da população e são, junto aos povos indígenas, as mais excluídas da região. Apresentam, em geral, alguns dos piores indicadores sócio-econômicos e têm escasso reconhecimento e acesso às instâncias decisórias.

O Seminário abordou diferentes temáticas entre as que destacam: visibilidade estatística da população afro-descendente de América Latina; estado atual do cumprimento dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais da população afro-descendente na região; nível atual de organização da sociedade civil afro-descendente e ações de cooperação internacional com as populações afro-descendentes.

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