O espanhol, um valor inestimável

O Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, participou, no dia 18 de fevereiro, na apresentação do estudo “Economia do Espanhol. Uma introdução” e do “Atlas da língua espanhola no mundo”.
 
Os dois volumes fazem parte de uma investigação mais ampla sobre o valor econômico do espanhol…

O Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, participou, no dia 18 de fevereiro, na apresentação do estudo “Economia do Espanhol. Uma introdução” e do “Atlas da língua espanhola no mundo”.
 
Os dois volumes fazem parte de uma investigação mais ampla sobre o valor econômico do espanhol que patrocina a Fundação Telefônica e que desde finais de 2005 realiza uma equipe de estudiosos de seis universidades espanholas sob a direção dos professores José Luis García Delgado, José Antonio Alonso e Juan Carlos Jiménez.
 
Junto a Iglesias, no ato de lançamento participaram o ministro de Cultura da Espanha, César Antonio Molina; a diretora do Instituto Cervantes, Carmen Caffarel; o diretor da Real Academia Espanhola, Víctor García de la Concha; o presidente do Real Instituto Elcano, Gustavo Suárez Pertierra; e o presidente de Telefônica, César Alierta.
 
O espanhol, em crescimento
 
Segundo o estudo "Economia do espanhol. Uma introdução", 438 milhões de pessoas são hispano-falantes (5 por cento da população mundial), dos quais 399 têm o espanhol como língua nativa.
 
Por sua vez o Atlas, elaborado por Francisco Moreno e Jaime Otero, apresenta a situação atual da língua espanhola através de 150 textos, mapas e quadros que refletem a distribuição geográfica do idioma e as principais tendências demográficas, sociais e econômicas da comunidade de fala hispana.
 
Uma das suas conclusões é que o espanhol é hoje em dia a terceira língua mais falada do mundo, depois do chinês e do inglês e, poderia superar ao inglês em número de falantes nativos na primeira metade do século XXI.
 
Na ONU, o espanhol é uma das seis línguas oficiais junto ao chinês, o inglês, o francês, o árabe e o russo, ainda que a comunidade hispano-falante tem "uma coesão lingüística maior" do que as dessas outras línguas oficiais e, de fato, o 90,8 por cento dos habitantes dos países de fala hispana têm domínio nativo da língua.
 
Como língua internacional "é um idioma homogéneo, uma língua de cultura de primeiro ordem e tem um caráter oficial e veicular em 21 países do mundo", afirmam os autores do "Atlas da língua espanhola no mundo".
 
No entanto, de cara ao futuro, o desafio do espanhol não estará no crescimento demográfico senão na difusão de seu uso como língua internacional.
 
Para García Delgado, entre as razões que convertem em oportuno este estudo está "o indisimulable déficit do espanhol como língua de ciência e técnica e como idioma das comunicações informáticas".
 
O estudo completo constará de dez livros e quatorze documentos de trabalho e estará terminado dentro de um ano e meio.

 

 

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