A coesão e a proteção social no setor da saúde ibero-americano centram o debate da IX Conferência de Ministros e Ministras da Saúde da Ibero-América que se está celebrando na cidade chilena de Iquique.
Na reunião ministerial participam responsáveis da saúde de 19 países da Comunidade Ibero-Americana, onde abordarão o problema das grandes desigualdades que existem sobre a saúde; a proteção social como instrumento contra a exclusão e a integração de redes assistenciais, entre outros temas.
A ministra da Saúde do Chile, Soledad Barría foi a encarregada de inaugurar a reunião ministerial, assinalando a importância que têm estas reuniões para “conseguir maior equidade e coesão social”.
Barría destacou a importância do encontro que se celebra em Iquique, porque “está em consonância com o objetivo do Governo chileno, que é a proteção social”. Além, afirmou que tanto para Chile como para o resto dos Ministérios da Saúde da Ibero-América, “a saúde é um pilar essencial para o desenvolvimento dos povos”.
Barría precisou que a conferência “é um novo passo no caminho percorrido em conjunto pelas nações ibero-americanas”, e assegurou que estes encontros “são produto da recuperação democrática da região, sendo uma oportunidade de avançar juntos para construir um futuro melhor”.
Além, Barría fez referência aos desafios do setor saúde na região ibero-americana, e recordou que “as ameaças potenciais não conhecem fronteiras e demandam ações muito concretas”. A Ministra chilena enfatizou a necessidade de avançar “em políticas sociais e estratégias da saúde com marcada pertinência cultural”.
Também participou no ato inaugural da IX Conferência de Ministros e Ministras da Saúde da Ibero-América a diretora da Divisão dos Assuntos Sociais da Secretaría-Geral Ibero-Americana (SEGIB), Ángeles Yáñez-Barnuevo.
Yáñez-Barnuevo assinalou na sua intervenção que “a saúde, junto à educação, é o pilar principal da coesão social”, o tema central da próxima Cúpula Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo que se celebrará em Santiago do Chile. “É necessário contar com políticas sociais, pactos fiscais e um novo contrato social, que mediante o diálogo permitam avançar numa maior coesão social na região”, sublinhou Yáñez.
Além, a diretora da Divisão dos Assuntos Sociais da SEGIB assinalou a importância de melhorar assuntos como o acesso ao água potável em toda a região, porque “teria uma incidência muito positiva na melhora dos indicadores da saúde”.
Na sua alocução, a intendente da Região de Tarapacá, Antonella Schiaraffia deu as boas vindas aos assistentes à reunião, e expressou seu desejo de que “os cidadãos sentam que se tomam decisões concretas que têm um impacto real na qualidade de vida da população”.
No encerramento do ato inaugural, a ministra da Saúde do Chile recebeu os relatórios das redes temáticas ibero-americanas e grupos de trabalho sobre doação e transplantes (Espanha); migração de recursos humanos (Uruguai); luta contra o tabagismo (Brasil), investigação e ensino na Saúde Pública (Costa Rica); políticas de medicamentos (Argentina); plano Ibero-Americano para a eliminação da tuberculose (OPS/OMS); desenho e avaliação de políticas públicas da Saúde (México).
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