O foro, organizado pela Secretaria-Geral Ibero-Americana (SEGIB), o grupo Inter-American Dialogue, com sede em Washington, e o Real Instituto Elcano, debate o impacto da crise financeira global na América Latina e no Caribe e o significado da nova administração americana de Barack Obama para a região.
No discurso de inauguração, o Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, destacou como a região latino-americana conta "com maior capacidade de defensa de que nunca" frente à crise financeira internacional, mas, por sua vez, está preocupada pelos problemas econômicos e seu impacto no político e no social.
A Secretária de Estado espanhola para a Ibero – América, Trinidad Jiménez, advogou a favor de que a Espanha e a América Latina trabalham conjuntamente para "sair da atual conjuntura" marcada pela crise financeira internacional.
A Espanha e a América Latina "têm um futuro comum compartilhado", mas a região latino-americana "também compartilha" com a Europa e os Estados Unidos, disse Jiménez, que destacou como na medida em que estes atores saibam consolidar "consensos internacionais", estarão "mais e melhor preparados" para fazer frente aos problemas globais.
Por sua parte o ex Presidente do Chile, Ricardo Lagos, reiterou que, ante esta crise "inédita", a América Latina "entende que quer ser também parte da solução" e destacou como agora a agenda do diálogo da região com os EUA e a Europa estará marcada por temas multilaterais, como a situação financeira internacional, a imigração ou a mudança climática.
Fernando Henrique Cardoso, ex Presidente do Brasil, destacou que dada a importância e a profundidade da atual crise financeira e a inter-relação existente entre todos os países é necessário abordá-la de forma inovadora, e sendo conscientes de que a colaboração entre todos é indispensável, já que se fazemos o mesmo que no passado obteremos os mesmos resultados.
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