II Foro Ibero-Americano de Governos locais

 
Durante a inauguração do II Foro Ibero-Americano de Governos locais, desenvolvido na localidade chilena de Valparaíso no passado 4 de outubro, mais de 50 representantes de 15 países reconheceram a importância dos municípios no fomento da coesão social e na consolidação da democracia na Ibero-América….

 

Durante a inauguração do II Foro Ibero-Americano de Governos locais, desenvolvido na localidade chilena de Valparaíso no passado 4 de outubro, mais de 50 representantes de 15 países reconheceram a importância dos municípios no fomento da coesão social e na consolidação da democracia na Ibero-América.

A Presidenta do Chile, Michelle Bachelet, e o Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, que intervieram na abertura do foro, junto ao prefeito de Valparaíso, Aldo Cornejo, entre outros, destacaram a importância do papel que cumprem os governos locais na região.

"As tarefas que queremos desenvolver, desde o ponto de vista da coesão social, não podem fazer-se sem uma ativa participação dos governos locais", afirmou Bachelet.

Neste sentido, a Presidenta chilena assinalou que na procura de dispositivos de coesão social, os governos locais “são essenciais” e sublinhou que “é neste campo onde se encontram experiências pioneiras em âmbitos como a elaboração participativa de orçamentos e de planejamento urbano”.

Além, destacou a importância de abordar a coesão social, porque "uma nova realidade global" exige enfrentar "uma tensão inédita entre integração e crescimento, por uma parte, e fragmentação e pobreza por outro".

Bachelet afirmou também que a Ibero-América é “uma comunidade que pode e deve avançar para uma construção mais coletiva dos desafios”.

Para isso "é essencial consolidar a democracia" e "uma democracia de maior qualidade precisa de um correlato nas instituições locais".

O poder do local

Por sua vez, o Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, ressaltou a importância deste foro, já que através das prefeituras, "se pode fazer chegar à gente o que significa a construção de uma comunidade ibero-americana”.

Iglesias disse, além, que a relação entre as cidades ibero-americanas não é nova e que existe "uma velha tradição de diálogo".

"O mundo está vendo crescer o poder do local, que significa o poder da identidade própria, o que nos permite proteger-nos frente a estes enormes avanços que tem a globalização, que tudo o uniforma", adicionou.

Segundo o Secretário-Geral Ibero-Americano, a cidade permite "acercar-nos de uma forma realmente direta ao tema da coesão social, à necessidade de entender-nos para atuar e comprometer-nos juntos com nossa cidadania e nossa identidade".

O Foro

Durante os dois dias de trabalho, o II Foro Ibero-Americano de Governos locais, uma atividade prévia da XVII Cúpula Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo, abordou três temas centrais: “Mecanismos de inclusão social”; “Sentido de Pertença” e “Governos Locais como Articuladores da Coesão Social”.

Os resultados e conclusões da conferência serão apresentados, numa declaração final, aos Chefes de Estado e de Governo na Cúpula do Chile do próximo mês de novembro.

 

 

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