A Conferência Internacional sobre Micro-finanças, que teve lugar na sede da Fundação BBVA em Madri, Espanha, centrou-se na importância que as micro-finanças têm na luta contra a pobreza, ao permitir às capas mais desfavorecidas aceder ao mundo financeiro.
No evento, presidido pela Rainha da Espanha, Dona Sofia, participaram o presidente do BBVA, Francisco González, o Secretário Geral Ibero-americano, Enrique V. Iglesias, e a presidenta e conselheira delegada do Banco Mundial da Mulher, Nancy Barry.
Todos os participantes valorizaram o importante papel que as micro-finanças têm na luta contra a pobreza e a desigualdade social, dois fatores que definem a realidade da região latino-americana, tal e como explicou Iglesias.
Neste contexto se fez ênfase na recém criada Fundação BBVA para as Micro-finanças, dotada de 200 milhões de euros e que nasceu “a favor do desenvolvimento na América Latina” e com o objetivo do “fomento do auto-emprego, prestando especial atendimento às mulheres de baixo rendimento como motores da atividade micro-empresarial”, segundo declarou Francisco González.
O panorama latino-americano
Enrique V. Iglesias, mostrou-se satisfeito com o projeto, já que reflete muitos dos esforços realizados desde a SEGIB para fomentar o acesso ao crédito na América Latina, tais como o Programa A extensão do crédito e os serviços financeiros que fomentou a discussão em diversos países da região (México, El Salvador, Peru, Chile e Brasil).
O Secretário Geral Ibero-americano fez na sua exposição um balanço da realidade latino-americana e explicou que a região se encontra atualmente num período de ambivalência. Por um lado, vive uma situação de bonança econômica excepcional, que se produz por quinto ano consecutivo; por outro lado, ainda seguem existindo grandes déficits sociais.
Iglesias afirmou que esta iniciativa dá resposta a um dos compromissos adquiridos na Cúpula Ibero-americana de Salamanca, em 2005: “promover de todas as maneiras possíveis a democratização do crédito”.
Por sua vez, Nancy Barry, destacando especialmente o papel da mulher como motor de desenvolvimento econômico, assinalou que as micro-finanças são a via principal para criar economias influentes e sistemas financeiros que funcionem para a maioria.
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