Ibero-América lança um Plano para combater o analfabetismo

A Secretaria-Geral Ibero-Americana (SEGIB) e a Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) apresentaram na Casa de América de Madri, Espanha, o Plano Ibero-Americano da Alfabetização e Educação Básica de Pessoas Jovens e Adultas, 2007-2015, cujo objetivo é conseguir a…

A Secretaria-Geral Ibero-Americana (SEGIB) e a Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) apresentaram na Casa de América de Madri, Espanha, o Plano Ibero-Americano da Alfabetização e Educação Básica de Pessoas Jovens e Adultas, 2007-2015, cujo objetivo é conseguir a alfabetização plena dos mais de 34 milhões de analfabetos que vivem na América Latina.
 
O plano foi apresentado num ato presidido pelos Príncipes de Asturias, Felipe de Borbón e Letizia Ortiz, e ao que assistiram, ademais, o Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias; o Secretário-Geral da OEI, Álvaro Marchesi, a ministra de Educação e Ciência da Espanha, Mercedes Cabrera; as secretárias de Estado espanholas de Cooperação Internacional, Leire Pajín, e para Ibero-América, Trinidad Jiménez.
No evento, a nicaragüense Cruz del Carmen, alfabetizada pelo programa PAEBANIC, ofereceu seu testemunho sobre como a alfabetização "lhe mudou a vida".
 
Luta contra o analfabetismo na América Latina
 
Todas as intervenções ressaltaram a importância que a erradicação do analfabetismo tem para a luta contra a desigualdade social e a pobreza.
 
Enrique V. Iglesias falou, durante a sua intervenção, do panorama econômico e social da América Latina e, apesar dos progressos na educação, afirmou que ainda fica muito por fazer na região. De fato, além dos 34 milhões de pessoas analfabetas absolutas, “110 milhões de pessoas jovens e adultas da América Latina não terminaram a primária”, afirmou.
 
Segundo Álvaro Marchesi, para quem este plano deve “consertar uma injustiça social”, a luta contra o analfabetismo “é uma ação urgente e imprescindível”. No entanto, assinalou que não é suficiente com superar o analfabetismo absoluto, senão que é imprescindível “superar outras formas do analfabetismo”, como o digital, o técnico, e o que ele considera o mais importante, o cívico. “Os sistemas educativos têm de ser capazes de preparar a todos para que possam integrar-se na sociedade, exercer seus direitos e cumprir suas obrigações” disse o Secretário-Geral da OEI.
 
 
Plano Ibero-americano da Alfabetização
 
O Plano, tal e como explicaram os invitados, foi uma encomenda da XV Cúpula de Chefes de Estado e de Governo à Secretária-Geral Ibero-Americana, e foi elaborado pela Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura e patrocinado pela Agência Espanhola de Cooperação Internacional.
 

O custo estimado do projeto é de 3.100 milhões de euros, como afirmou o Príncipe de Asturias na sua intervenção.

O financiamento procederá dos orçamentos nacionais de cada país, ainda que para assegurar a totalidade desses fundos será preciso contar “com a cooperação internacional e regional para ajudar aos países com maiores dificuldades financeiras”, adicionou o Príncipe, para quem “resulta inquestionável a importância, capital, da educação básica, como direito de toda pessoa e como motor de um maior desenvolvimento nos países ibero-americanos”.

 

 

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