A CRISE TAMBÉN CHEGARÁ À AMÉRICA LATINA
Um destacado grupo de políticos e especialistas, reunidos em Madrid em 15 de janeiro pela Secretaria-Geral Ibero-Americana, o Real Instituto Elcano da Espanha e o Foro Inter-American Dialogue, com sede em Washington, reconheceu que a América Latina vive, em termos gerais, um bom momento econômico mas que a crise, originada nos Estados Unidos, não tardará em chegar à região.
O grupo de análise reuniu um impressionante painel de políticos e especialistas em torno do Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, dos presidentes do Real Instituto Elcano, Gustavo Suárez Pertierra e do grupo Inter-American Dialogue, Peter Hakim.
Pela América Latina intervieram, entre outros, o ex-presidente do Chile, Ricardo Lagos, o do Brasil, Fernando Henrique Cardoso, o ex-chanceler do México, Jorge Castañeda, e a diretora da CEPAL, Alicia Bárcena.
Pela Europa, entre outros, a Secretária de Estado para a Ibero-América, Trinidad Jiménez, o ex-presidente da Espanha, Felipe González, e os representantes da França e da Itália.
Pelos Estados Unidos, Carla Hills e Jim Kolbe, os congressistas Eliot Engel, Gregory Meeks, o jornalista do The Washington Post, Philip Benner, e o ex-chefe de Gabinete da Casa Branca, Mack McLarty, que intervieram através de uma videoconferência Madrid-Washington.
Contou, também, com uma participação especial, o Secretário-Geral da OEA, José Miguel Insulza.
O impacto da crise já permite projetar algumas cifras concretas: após rebaixar em novembro passado sua previsão de crescimento na região para 2009 de 3 para 2,5%, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) baralha agora uma porcentagem de 1,9%, desde que se registre um crescimento no segundo semestre do ano no mundo desenvolvido.
Trata-se, declarou Iglesias, da “crise perfeita”: os empresários não investem, os bancos não emprestam, os Estados "não têm grana" e os consumidores não consomem.
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