O impacto da crise financeira internacional causará em 2009 na América Latina uma desaceleração do crescimento, vaticinaram hoje vários expertos internacionais convocados em Madri pela Secretaria-Geral Ibero-Americana.
Um debate no que intervieram entre outros observadores Carlos Solchaga, Presidente da Fundação EuroAmérica e Ex-ministro espanhol de Economia , Michel Candessus, Ex diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI), e Enrique V. Iglesias, Secretário-Geral Ibero-Americano.
"O ano que vem vai ser um ano de desaceleração crescente, mas não necessariamente de risco crucial nos equilíbrios fundamentais da região", indicou Carlos Solchaga.
Solchaga fez esta consideração após explicar que a chegada do outono demonstrou que "desenganchar" a economia dos países emergentes da economia planetária não é possível, se não bem uma "ilusão".
Uma afirmação na que coincidiu o Ex-diretor do FMI, que atreveu – se a qualificar essa hipótese como de "conto de fadas".
Sem embargo, e ao contrario que no passado, a América Latina está melhor preparada para afrontar uma situação desfavorável devido ao êxito de sua política monetária e econômica, indicaram os expertos.
Essa "fortaleza", disse Solchaga", aponta para uma "alta probabilidade" de que a América Latina "resista ao contágio" da crise por via financeira, ao que contribui a baixa bancarização da zona.
Camdessus fez, por sua parte, uma enumeração das possíveis causas que levaram à atual crise financeira e entre elas citou a falta de "controle" dos mercados e de "disciplina multilateral".
Por isso, na hora de embaralhar soluções apostou por uma instituição "de observação, de alta competência, capaz de identificar as tendências dos mercados e de alertar e propor regulações e estratégias, assim como de vigiar sua execução".
Enrique V. Iglesias assegurou que apesar de que a América Latina está melhor do que esteve em toda a sua história, se teme porque “esta crise coma terreno no que já se conquistou nestes últimos anos sobre tudo frente à pobreza”
Veja todos os assuntos