O Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, acompanhou, no dia 21 de fevereiro, aos Príncipes de Asturias, Dom Felipe e Dona Letizia, e ao presidente de Honduras, Manuel Zelaya, no ato de entrega das Bolsas Universidade de Salamanca-Banco Santander a estudantes latino-americanos em Salamanca (Espanha).
O ato, que teve lugar no paraninfo da universidade de Salamanca, contou ademais com a participação do presidente de Castilla e León, Juan Vicente Herrera; o prefeito de Salamanca, Julián Lanzarote; o ministro de Trabalho e Assuntos Sociais da Espanha, Jesús Caldeira; a secretária de Estado de Espanha para Ibero-América, Trinidad Jiménez; o presidente do Banco de Santander, Emilio Botín; o reitor da universidade salmantina, José Ramón Alonso, bem como diversos embaixadores latino-americanos.
As bolsas, que se entregaram a 165 estudantes de doutorado e licenciaturas de 20 países da América Latina, fazem parte de um programa iniciado faz oito anos e que já beneficiou a mais de 361 universitários.
Em sua intervenção, o Príncipe de Asturias, destacou que estas bolsas contribuem à melhor preparação acadêmica dos estudantes e repercutirão no progresso das suas respectivas nações.
"Um dos grandes valores adicionais que Espanha e Ibero-América podem contribuir radica no fomento das capacidades de todos seus homens e mulheres mediante uma formação completa e rigorosa para participar com sucesso na moderna sociedade do conhecimento", assinalou Dom Felipe.
Por sua vez, o Presidente do Banco de Santander, entidade co-patrocinadora das bolsas, assinalou aos universitários como "os depositários das chaves que podem ajudar a que nossas sociedades traspassem as portas de um desenvolvimento mais sustentável e responsável".
Emilio Botín defendeu o compromisso da sua entidade com a educação e a investigação, "pilar firme para o progresso", e sua contribuição à criação do espaço ibero-americano do conhecimento.
Nesse sentido, o reitor da Universidade de Salamanca, onde realizam os estudos estes bolsistas, expressou que "se Espanha não põe todas suas energias, todos seus recursos, toda sua paixão" nos universitários latino-americanos "não serão vocês uma geração perdida. O seremos nós".
Mudança Climática
No marco do evento, o presidente da Honduras, Manuel Zelaya, ditou uma conferência magistral sobre a mudança climática na que pediu acabar com a "cultura do consumo e do esbanje" e substituí-la por uma "de serviço" para, assim, lutar contra um fenômeno que também requer "impor um diálogo obrigatório" na sociedade.
Zelaya criticou o "uso desmedido e o esbanje de energia e de água doce" dos países industrializados e se mostrou convencido de que "no futuro o água valerá mais do que o petróleo", pelo que advertiu que, "se não revertemos a situação atual", o panorama "será violento e seco" porque "o planeta agoniza".
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