O Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, participou num Conversatorio celebrado na Casa de América de Madri, no marco do Festival Vivamérica que até o próximo 14 de outubro se leva à cabo na capital espanhola.
O encontro, que girou em torno do futuro da educação em Ibero-América, contou também com a assistência da ministra de Educação da Espanha, Mercedes Cabrera; o ex-chefe de Governo espanhol, Felipe González, e o secretário-geral da Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), Álvaro Marchesi, quem foi o moderador do debate.
Em sua intervenção, Iglesias fez referência às idéias da Declaração Final da Conferência Ibero-Americana de Educação celebrada em Valparaíso (Chile) o passado mês de junho, e sublinhou “a importância de re-valorizar o tema da educação em Ibero-América, fomentando o debate da relação entre educação e desenvolvimento”.
Neste sentido, destacou a necessidade de que “os Governos aproveitem a boa conjuntura econômica da América Latina”, para assim poder dar “um salto qualitativo na estrutura produtiva da região”, o que, em sua opinião “implica educação”, já que ao melhorá-la, “melhora-se a capacidade do crescimento econômico”.
“Devemos realizar um esforço em massa para melhorar a educação em todos os níveis”, e conseguir que “a democracia funcione a partir de cidadãos preparados”, afirmou.
O Secretário-Geral Ibero-Americano adicionou que o Plano Ibero-Americano de Alfabetização é “perfeitamente amoldável na América Latina”, e assinalou que a região atravessa por um “momento especial para entrar na economia do conhecimento”.
Bicentenários e educação
Para Enrique V. Iglesias, a próxima celebração dos Bicentenários da independência dos países latino-americanos é o melhor “momento para revitalizar o assunto educativo”, já que “existirá uma geração do bicentenário à que deveremos dar uma educação e formação científica y técnica”.
Por sua vez, Felipe González também fez referência aos Bicentenários como “elemento comum de uma geração de latino-americanos que decidirá como se insere a região no século XXI”.
O ex-mandatário espanhol destacou que América Latina tem “todos os recursos possíveis para o desenvolvimento”, e qualificou à educação como “um aspecto fundamental para atingi-lo”.
A educação é “um investimento importante”, que deve levar-se a cabo mediante “esforços público-privados”, já que é “o único método sensato para potenciar a redistribuição do rendimento na região”, assinalou González.
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