O artesanato de 6 países ibero-americanos (Cuba, Peru, México, Colômbia, Chile e Equador) ultrapassou suas fronteiras e irrompeu na Bienal Internacional de Arte e Design de Paris pelas mãos do Iberartesanato, um dos 30 programas de cooperação impulsionados pela Secretaria-Geral Ibero-americana (SEGIB) e dedicado a promover a arte popular na região.
A 7.ª edição da Bienal “Revelations” retorna este ano ao Grand Palais de Paris com 550 expositores e mais de 3.000 peças únicas, em áreas como cerâmica, vidro, têxteis, madeira e metal.
A bienal, que acontecerá até o próximo domingo, retomou este ano sua aguardada exposição internacional, “O Banquete”, que celebra a diversidade dos ofícios artesanais no mundo, reunindo cerca de 100 obras de 10 países e regiões.
Concebido como um espaço de diálogo e intercâmbio, “O Banquete” propõe um percurso por peças artesanais de diversos países, entre eles Cuba, Peru, Colômbia, Chile, Equador e México, que chegam a Paris sob a coordenação do programa Iberartesanato.
“Com a presença protagonista de artesãos e artesãs da Ibero-América, que graças ao programa Iberartesanato estão presentes na Bienal de Arte e Design Revelations em Paris, consolidam-se as ações para favorecer a internacionalização da arte popular ibero-americana. No Espaço Cultural Ibero-americano, estamos felizes pelos resultados que estão sendo alcançados nesse esforço multilateral de cooperação”, afirma Enrique Vargas, coordenador do Espaço Ibero-americano da Secretaria-Geral Ibero-americana (SEGIB).
“Nossos artesanatos estão dialogando com peças de todo o mundo, essa seleção deixa evidente a enorme qualidade do trabalho ancestral e sua inovação”, acrescenta.
O México participa com quatro peças de duas mestras artesãs: Marlen Martínez Cenobio, reconhecida por sua maestria em têxteis mazahuas, e Gabriela Ziranda Velázquez, premiada por seu trabalho em cobre martelado.
O Chile, por sua vez, conta com a presença de Marcela Parra Domínguez, destacada artesã de Ninhue e especializada na trança de fibra de trigo; Nelson Castillo Tapia, artesão de Combarbalá, que há mais de 40 anos esculpe pedra daquela região, e Rita Castillo Carvajal.
Pela Colômbia, poderão ser vistas obras de Ximena Albornoz, cuja criação se baseia no tamo, uma fibra natural essencial no artesanato de Pasto, e Jaime Cortés, que trabalha com barro.
Veja todos os assuntos