Coesão Social, o grande acordo Ibero-Americano

O Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, e o Secretário Pró-Témpore da XVII Cúpula Ibero-Americana, Carlos Portales, destacaram, numa conferência à imprensa, os resultados obtidos pela II reunião de Coordenadores Nacionais e Responsáveis de Cooperação, celebrada em Viña del Mar, Chile.
 
Iglesias, assegurou que pese às diferentes…

O Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, e o Secretário Pró-Témpore da XVII Cúpula Ibero-Americana, Carlos Portales, destacaram, numa conferência à imprensa, os resultados obtidos pela II reunião de Coordenadores Nacionais e Responsáveis de Cooperação, celebrada em Viña del Mar, Chile.
 
Iglesias, assegurou que pese às diferentes maneiras de enfrentar os objetivos do desenvolvimento econômico, em Ibero-América existe "um grande acordo em quanto aos objetivos de coesão social".
 
"Não tenho dúvidas de que pode haver discrepâncias respeito à forma de chegar a isso, ou às políticas específicas, mas não as há sobre a necessidade de uma América Latina com maior coesão e inclusão social", destacou.
 
Sobre a base das dificuldades para harmonizar as diferentes perspectivas políticas e sociais existentes na região, o Secretário-Geral Ibero-Americano assinalou que alguns governos dão mais prioridade ao mercado que ao Estado e outros mais ao Estado que ao mercado, "mas o objetivo final é chegar a fortalecer a coesão social", sublinhou.
 
Respeito aos futuros programas de coesão social, Iglesias destacou a importância da participação da sociedade, porque "esta coesão põe o enfoque em aspectos qualitativos do desenvolvimento que até agora tinham ficado em segundo plano e, se há um objetivo que é eminentemente participativo, é este".
 
Satisfeito pelo trabalho assumido pela Secretaria-Geral Ibero-Americana, Iglesias destacou o fato de que as cúpulas ibero-americanas sigam tendo lugar e sejam capazes de atrair o atendimento de governos e da opinião pública, e ademais a presença dos Chefes de Estado. “É o foro a mais alto nível que existe na América Latina todos os anos”, indicou.
 
Por sua vez, o Secretário pró-témpore da Cúpula, Carlos Portales, insistiu que o que deve destacar-se da reunião celebrada em Viña del Mar "não é a confrontação senão a colaboração".
 
"Os países se conhecem, sabem seus pontos de vista e, pelo menos nestes dois dias, primou um sentido de realidade; não houve uma busca de diferenças senão de como podemos mostrar tudo o que nos une", assinalou.
 
Portales destacou a Carta Ibero-Americana de Governo Eletrônico e o Convênio Ibero-Americano de Previdência Social como os dois projetos mais importantes que serão analisados e debatidos durante a próxima Cúpula de Chefes de Estado e de Governo.
 
Assim, sublinhou que desde a I Cúpula Ibero-Americana, celebrada em Guadalajara (México) em 1991, "a idéia de Ibero-América se impôs como uma realidade muito concreta" e destacou que nesse marco, "se têm estado fortalecendo e criando novas redes entre os países ibero-americanos".
 
“As Cúpulas não só são um espaço de intercâmbio de pontos de vista, de conhecimento pessoal de acordos políticos bilaterais, trilaterais, senão também são capazes de gerar idéias e regras comuns que permitem favorecer aos cidadãos”, disse.
 
A XVII Cúpula Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo terá lugar em Santiago de Chile entre os dias 8 e o 10 de novembro e centrará seu atendimento no tema "Coesão Social e políticas sociais para atingir sociedades mais inclusivas em Ibero-América".
 
 

 

 

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