A Cultura: Uma Carta Estratégica para Ibero-América

Com o objetivo de apresentar a Carta Cultura Ibero-Americana, a Universidade Nacional Três de Fevereiro celebrou em Buenos Aires (Argentina) o Seminário Internacional “A Cultura: Uma Carta Estratégica para Ibero-América”.
 
O Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, foi o encarregado de pronunciar a Conferência Magistral que fechou…

Com o objetivo de apresentar a Carta Cultura Ibero-Americana, a Universidade Nacional Três de Fevereiro celebrou em Buenos Aires (Argentina) o Seminário Internacional “A Cultura: Uma Carta Estratégica para Ibero-América”.
 
O Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, foi o encarregado de pronunciar a Conferência Magistral que fechou a primeira jornada do encontro celebrado na sede do Centro Cultural Borges da Universidade Três de Fevereiro da capital argentina.
 
Durante o seu discurso, Iglesias destacou que a Carta Cultural Ibero-Americana advogará por políticas que “defendam os interesses dos povos originários e afro-americanos, cujas culturas foram abusadas e pirateadas pelo comércio internacional sem nenhuma remuneração”.
 
O máximo representante da SEGIB ressaltou que os direitos destas culturas “foram postergados sempre”, assegurando que é o momento de dar-lhes “a oportunidade de que se sentam parte da sociedade”.
 
“A defesa dos direitos culturais dos artistas ibero-americanos frente à pirataria”, será um dos pilares básicos da Carta Cultural Ibero-Americana, documento que foi assinado pelos Chefes de Estado e de Governo na passada XVI Cúpula Ibero-Americana de Montevidéu.
 
Neste sentido, disse, “os Estados devem entender que a cultura não é um orçamento, senão um elemento fundamental, um direito do ser humano e a expressão máxima da liberdade do homem”, pelo qual animou aos países membros da Comunidade Ibero-Americana a desenvolver “políticas para regular o acesso à educação e a cultura”.
 
Enrique V. Iglesias se congratulou pela diversidade “cultural altamente criativa” da Ibero-América,  conseqüência, segundo suas palavras da “grande mestiçagem proveniente das culturas ibéricas, os povos originários, os africanos e as correntes migratórias”.
 
Em sua opinião, este é o grande ativo da Ibero-América, já que “se desenvolveu a criatividade da subsistência". Também chamou à “geração do bicentenário”, que segundo Iglesias, “não fica na saudade histórica, senão que está marcada por elementos culturais”.
 
Carta Cultural: um apoio unânime
 
Junto ao Secretário-Geral Ibero-Americano, o encontro de Buenos Aires contou com a participação de numerosos especialistas que não duvidaram em qualificar a Carta Cultural Ibero-Americana como uma “carta de navegação” que ajuda a favorecer “a diversidade cultural ibero-americana”.
 
Entre os assistentes ao ato estava o subsecretário da Cultura da Argentina, Pablo Wisznia, quem assegurou que no futuro “nenhum funcionário público que trabalhe na área da cultura, poderá obviar esta Carta”.
 
Além, também participaram, entre outros, o diretor do Patrimônio Nacional da Espanha, Yago Pico de Coaña, o secretário executivo do Ministério da Cultura do Brasil, Juca Ferreira, o ex-ministro da Cultura colombiano, Juan Luís Mejía Arango e o diretor da Área da Cultura do Convênio Andrés Bello, Patrício Rivas, e o ex-secretario-geral da OEI, Francisco Piñón, entre otros.
 
 

 

 

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