A Carta Cultural Ibero-Americana foi apresentada na Feira do Livro de Francoforte

A directora do Instituto Cervantes de Francoforte, Mercedes de Castro, afirmou na sexta-feira, dia 1 de Outubro, na apresentação, que “o nosso propósito é estimular o interesse pela Ibero-América como espaço cultural, destacar a importância da cultura ibero-americana como sistema de diversidade cultural e facilitar…

A directora do Instituto Cervantes de Francoforte, Mercedes de Castro, afirmou na sexta-feira, dia 1 de Outubro, na apresentação, que “o nosso propósito é estimular o interesse pela Ibero-América como espaço cultural, destacar a importância da cultura ibero-americana como sistema de diversidade cultural e facilitar o conhecimento das instituições multilaterais na Europa”.

A Carta Cultural Ibero-Americana apresenta as linhas de acção política para definir o espaço cultural ibero-americano e é um instrumento para fomentar a cooperação cultural entre os países ibero-americanos e impulsionar políticas culturais conjuntas dentro e fora da América Latina.

Começou a formar-se no seminário celebrado em Bogotá “Economia e Cultura: a terceira cara da moeda” em 2000 e definiu-se nas Cúpulas Ibero-Americanas de San José de Costa Rica em 2004, de Salamanca em 2005 e de Montevideu em 2006. Esta iniciativa conta com o apoio da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento.

Pelo seu lado, o Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, dissertou sobre o valor do referido instrumento, que favorece uma maior articulação e melhor cooperação entre os 22 países da região. Trata-se de um projecto político que cria as bases para a estruturação do “espaço cultural ibero-americano”, e para a promoção de uma posição mais forte e protagonista da Comunidade Ibero-Americana perante o resto do mundo num dos seus recursos mais valiosos, a sua riqueza cultural. Iglesias destacou na apresentação que “se tivesse de definir a coluna vertebral do ser ibero-americano, diria que são as culturas compartilhadas” e destacou a necessidade de que existam políticas que gerem na sociedade o sentido de identidade e de pertença. Acrescentou que a cultura ibero-americana apoia-se principalmente “na mestiçagem”.

Na cerimónia esteve também presente o director da Feira do Livro de Francoforte, Jürgen Boos; o Embaixador de Espanha na Alemanha, Rafael Dezcallar de Mazarredo e o Cônsul-Geral de Espanha em Francoforte, Javier Ignacio Martínez del Barrio.

Boos considerou que “a cooperação da Feira do Livro de Francoforte com os países ibero-americanos tem uma longa tradição.” “Há várias décadas que esta feira se transformou numa importante plataforma para editores e autores ibero-americanos”, recordou o seu actual director.

Desde 1976, a América Latina esteve representada três vezes na Feira do Livro de Francoforte e para 2010, ano em que se celebra o Bicentenário da Independência das Repúblicas Ibero-Americanas, e 2013 foram designados a Argentina e o Brasil, respectivamente, segundo afirmou Boos.

A Feira do Livro de Francoforte celebra-se desde terça-feira, 5 de Outubro até ao dia 10 de Outubro.

 

 

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