O Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique Iglesias, assegurou em uma entrevista concedida à agência EFE de Madri que vê aos países da América Latina melhor preparados para fazer frente à crise financeira mundial e crê que chegou o momento de afiançar sua presença e fazer ouvir sua voz nos organismos internacionais, como o FMI.
Destacou-se que a reunião de San Salvador será a primeira na que os Chefes de Estado e de Governo da Ibero – América se reunirão após o estouro da crise financeira, pelo que servirá de termômetro para medir seu grau de preocupação e escutar eventuais iniciativas.
Iglesias espera que saiam dai "coisas muito concretas em quanto a desenhar linhas de ação e colaboração a nível de comunidade ibero-americana”, ainda que não sabe em que direção.
A crise financeira será abordada, segundo o responsável da SEGIB, na "reunião privada" dos Chefes de Estado e de Governo, praticamente a sós.
Sua receita sobre a crise baseia-se em "avançar para uma nova arquitetura financeira internacional. Os organismos de Bretton Woods (FMI e Banco Mundial, criados em 1944) deverão revisar-se em sua estrutura e em sua direção".
E nessa revisão terá que dar "uma participação muito mais ativa aos países emergentes, que hoje jogam um papel muito importante no mundo, e são peça chave para a solução dos problemas que temos".
Acredita ademais que a América Latina deve “em primeiro lugar tratar de manter uma situação macroeconômica sólida, controlando o aspecto fiscal e monetário para que não se desborde a inflação na região".
"Em segundo lugar, é muito importante continuar com a consolidação do sistema financeiro. Um dos grandes ativos que tem hoje a América Latina é que tem um sistema financeiro sólido e isso tem que tratar de mantê-lo, blindá-lo frente a qualquer impacto que possa chegar de fora".
"E em terceiro lugar tratar de manter o crédito, que é a chave para não avançar na recessão e sair para uma economia mais dinâmica".
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