Seminário Internacional sobre Alterações Climáticas

O Seminário Internacional “As negociações internacionais em matéria de alterações climáticas e as experiências desenvolvidas no Uruguai”, organizado pelo Escritório de Representação da Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB) em Montevidéu e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com o apoio da Agência Uruguaia de Cooperação Internacional (AUCI) e da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), celebrou-se na terça-feira, 13 de abril, na cidade de Montevidéu.

O Seminário Internacional “As negociações internacionais em matéria de alterações climáticas e as experiências desenvolvidas no Uruguai”, organizado pelo Escritório de Representação da Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB) em Montevidéu e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com o apoio da Agência Uruguaia de Cooperação Internacional (AUCI) e da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), celebrou-se na terça-feira, 13 de abril, na cidade de Montevidéu.

Na cerimônia de abertura usaram a palavra o Diretor do Escritório de Representação da Secretaria Geral Ibero-americana em Montevidéu (SEGIB), Norberto Iannelli; o Representante Residente Adjunto do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Aldo García, e a Subsecretária do Ministério da Habitação, Ordenamento Territorial e Meio Ambiente (MVOTMA), Raquel Lejtreger.

O evento teve como objetivo realizar um prognóstico da evolução das negociações e identificar os principais temas em conflito, pormenorizando as posições dos principais atores e analisando possíveis alternativas para acordar uma postura com vista à próxima Cúpula Climática organizada pelas Nações Unidas, que se celebrará na cidade de Nova Iorque no mês de setembro próximo, destinada a gerar as condições necessárias para alcançar um Acordo Global sobre Alterações Climáticas no próximo ano em Paris (COP21).

O painel sobre as negociações multilaterais nesta matéria foi formado pela ex-secretária de Estado para as Mudanças Climáticas do Governo de Espanha e atual Assessora Principal de Política Climática Internacional do Instituto para o Desenvolvimento Sustentável e Relações Internacionais (IDDRI), Teresa Ribeira; pela Especialista Líder em Alterações Climáticas do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) de Washington D.C., Hilen Meirovich, e pelo Diretor Nacional de Meio Ambiente do MVOTMA e Presidente do Grupo de Coordenação do Sistema Nacional de Alterações Climáticas do Uruguai, Jorge Rucks.

Existiu um explícito reconhecimento dos expositores do trabalho realizado pela SEGIB. Referiram também o importante papel desempenhado pelo Uruguai na região, ao ser o primeiro país que obteve financiamento para uma matriz energética limpa (eólica, hidráulica, solar, biogás, etc.), conseguindo promover políticas de desenvolvimento econômico que o proteja no campo social e meio-ambiental. Esse enfoque multilateral, com uma visão integral, evidencia-se na criação de um Sistema Nacional de Resposta à Mudança Climática, no qual participam diversos Ministérios e o Congresso de Intendentes.

A nível mundial, e como aspectos positivos a destacar referem-se: uma maior consciência e preocupação pelo aquecimento global provocado pelas grandes emissões de carbono que provocam um efeito de estufa, o acesso à água, a segurança alimentar, urbanização da população e a tendência subjacente à identificação de projetos prioritários que contribuam para a gestão e conservação dos recursos naturais. Entre as dificuldades identificadas, encontram-se a pressão que os grupos de poder (públicos ou privados) exercem, sentindo-se ameaçados pelas medidas de proteção anunciadas a curto e médio prazo, assim como a desconfiança na capacidade das instituições ao abordar o tema, etc.

A nível local, os Intendentes de Canelones, Marcos Carámbula e de São José, José Luis Falero e o Diretor Geral do Departamento de Desenvolvimento Ambiental da Intendência de Montevidéu, Juan Canessa, dissertaram sobre os projetos desenvolvidos em áreas tais como: proteção de franjas costeiras; gestão integral de zonas habitualmente inundáveis; geração de biogás através do tratamento de resíduos de efluentes provenientes do setor agropecuários e dos resíduos domiciliários, entre outros. Também acordaram relativamente à necessidade de que o tema alterações climáticas seja incluído na agenda política/eleitoral, devido às graves consequências econômicas e sociais que implicam prolongadas secas e/ou inundações.

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