Os empresários ibero-americanos pedem mais financiamento para as PME

O secretário geral Ibero-americano, Enrique V. Iglesias, e o Presidente da CEOE, Juan Rosell, inauguraram hoje o VIII Encontro Empresarial Ibero-americano, que se celebra nos dias 15 e 16 de novembro em Cádiz para falar de desenvolvimento empresarial ibero-americano na nova economia. Durante as jornadas, os empresários debatem a necessidade de implantar novas…

O secretário geral Ibero-americano, Enrique V. Iglesias, e o Presidente da CEOE, Juan Rosell, inauguraram hoje o VIII Encontro Empresarial Ibero-americano, que se celebra nos dias 15 e 16 de novembro em Cádiz para falar de desenvolvimento empresarial ibero-americano na nova economia. Durante as jornadas, os empresários debatem a necessidade de implantar novas fórmulas de financiamento e aumentar a gama de produtos financeiros para que as PME possam realizar os seus processos de internacionalização.

Na cerimônia de abertura participaram, também, o secretário de Estado de Comércio, Jaime García-Legaz; o de Estado de Cooperação Internacional e para a Ibero-América, Jesús Manuel Gracia; e a presidente da câmara de Jérez de laFrontera, María José García-Pelayo.

Iglesias, que defende uma cooperação renovada entre a península Ibérica e a América Latina, salientou as vantagens de Espanha ao ter tomado a decisão nos anos noventa de investir nesse continente e onde ganhou uma quota de mercado importante em banca, energia e telecomunicações, o que é um “ponto de apoio” para aproveitar as potencialidades de um mercado que se está a abrir ao mundo.

Mais de 500 empresas da América Latina investem fora e isto abre boas perspectivas de mercado de futuro a Espanha e Portugal, assim como novas áreas de investimento em infraestruturas e energias renováveis, indicou.

Enrique V. Iglesias referiu-se também às dificuldades que as PMS que procuram sair para o exterior encontra e, por isso, falou em novas fórmulas de financiamento e o aumento da gama de produtos para que possam realizar o seu processo de internacionalização.

Pelo seu lado, Juan Rosell expôs a “necessidade e a obrigação” de internacionalizar as empresas e, para isso, pediu quadros reguladores “claros, simples e estáveis”.

“Vamos onde nos tratem melhor e onde haja segurança jurídica”, sublinhou Rosell, insistindo em que “há que legislar muitíssimo menos e muitíssimo melhor”.

Também defendeu a potenciação da colaboração a partir dos âmbitos empresariais de Espanha e da Ibero-América através das plataformas online para procurar saídas profissionais para os jovens aproveitando as vantagens da língua.

Durante a celebração do VIII Encontro Empresarial Ibero-americano, os líderes empresariais acordam promover a apresentação de iniciativas e propostas ibero-americanas nos fóruns globais, tais como o G20 e o Fórum de Cooperação Ásia-Pacífico. Também solicitam às instituições multilaterais monetárias e financeiras que disponham de instrumentos para responder a choques econômicos e de outro tipo, para que os programas de crescimento não sejam interrompidos por causa dos mesmos.

Outra das iniciativas consiste em analisar fórmulas flexíveis baseadas na cooperação público-privada para facilitar a mobilidade do conhecimento entre os países do espaço ibero-americano. Consideram muito importante fomentar o intercâmbio de experiências e boas práticas entre os centros de inovação e empreendimento, assim como programas de facilitação de empreendimentos e start up.

Autoridades e representantes do âmbito empresarial querem promover o diálogo numa mostra de grandes cidades para a elaboração e execução de programas de desenvolvimento da infraestrutura urbana estruturados em torno da inclusão, competitividade e sustentabilidade. Asseguram que é necessário continuar a avançar no desenvolvimento de um sistema de arbitragem ibero-americano que responda às necessidades dos investidores financeiros e das empresas.

Por último, defendem a promoção de um diálogo empresarial para que os programas de responsabilidade social corporativa das empresas ibero-americanas incorporem o compromisso com o talento, a inovação e o conhecimento necessário para a diversificação produtiva e a integração na sociedade do conhecimento.

Programa de atividades

Após a inauguração, autoridades e representantes do âmbito empresarial ibero-americano abordou uma conjuntura econômica atual, o desafio da inovação e da qualidade, a preparação da América Latina para competir e crescer numa sociedade do conhecimento, a internacionalização das PME e a sua integração em cadeias de valor reais e a eliminação do déficit em infraestruturas.

Amanhã, dia 16, exporão, entre outras questões, o caminho para o sistemas ibero-americano de arbitragem, o lançamento do relatório OCDE-CEPAL “Perspectivas Econômicas da América Latina 2013” e as perspectivas e tendências da Responsabilidade Social Corporativa. Posteriormente, apresentar-se-ãoas conclusões e propostas do encontro empresarial.

Documentos do Encontro

Veja todos os assuntos