Os desafios da relação UE–América Latina, em debate na SEGIB

A Mesa Redonda “Os desafios da Relação UE-América Latina na conjuntura econômica atual” celebrada no dia 23 de abril, na sede da SEGIB, foi o cenário escolhido para que representantes da América Latina e da União Europeia (UE) defendessem o investimento como elemento chave nas relações…

A Mesa Redonda “Os desafios da Relação UE-América Latina na conjuntura econômica atual” celebrada no dia 23 de abril, na sede da SEGIB, foi o cenário escolhido para que representantes da América Latina e da União Europeia (UE) defendessem o investimento como elemento chave nas relações entre as duas regiões que, na sua opinião, ainda têm um longo caminho para percorrer. Esta cerimônia constitui uma das fases prévias da Cúpula UE-América Latina e Caribe, que terá lugar no Chile em janeiro de 2013 e nela intervieram o Ministro de Assuntos Exteriores do Chile, Alfredo Moreno, e o Secretário de Estado da Cooperação Internacional e para a Ibero-América de Espanha, Jesús Gracia.

A apresentação esteve a cargo do Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, que sublinhou a importância da América Latina como motor de crescimento na difícil conjuntura internacional atual e tornou claro que a região no seu conjunto, com democracias consolidadas e estáveis, é um dos atores na solução da crise, e que as suas relações com a União Europeia continuarão a ter uma grande importância, apesar das mudanças aceleradas que estamos a viver nas balanças das relações comerciais.

Pelo seu lado, Jesús Gracia afirmou que “as relações entre os dois continentes têm muito que desenvolver, têm muito que explorar”. “Em regra geral, na maioria dos países da América Latina ainda há um longo caminho para que o investimento europeu aí prospere e para começar o caminho de volta, os investimentos latino-americanos na Europa”, referiu.

“Gostaríamos muito que algumas delas fossem através de Espanha”, acrescentou Gracia, que descreveu a América Latina como uma das regiões que está a desempenhar um papel mais ativo no mundo onde a “grande maioria” dos países “cumpre as regras e tem respeito e apego à lei internacional”.

O ministro chileno de Relações Exteriores, Alfredo Moreno, recordou também que o investimento será o tema central da Cúpula UE-América Latina e o Caribe que o seu país acolherá no próximo mês de janeiro.

“O investimento é uma coisa que é positiva para as empresas e para os países europeus, porque lhes permite ter acesso a um mercado que está a crescer a uma taxa muito importante”, salientou.

Nesse sentido, o secretário de Estado espanhol avisou que “a relação União Europeia-América Latina tem de ser conservada, tem de ser cultivada”, e destacou que a América Latina, graças aos acordos comerciais com a UE, transformar-se-á “num dos lugares mais atraentes para o investimento”.

Gracia informou que a UE está “prestes” a ratificar os convênios com a América Central, Colômbia e Peru e confia que a negociação com o Equador e Bolívia tome corpo.

O assunto mais complicado, segundo Gracia, é a negociação com Mercosur, o bloco formado por Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai.

 

 

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