O BID e a SEGIB querem impulsionar a língua espanhola nos Estados Unidos da América

O Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, e o Presidente do BID, Luis Alberto Moreno, concordam com a necessidade de que América Latina encontre mecanismos para impulsionar o espanhol na sociedade americana.
“Nos Estados Unidos existem cada vez mais manifestações culturais que têm a marca ibero-americana mas…

O Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, e o Presidente do BID, Luis Alberto Moreno, concordam com a necessidade de que América Latina encontre mecanismos para impulsionar o espanhol na sociedade americana.

“Nos Estados Unidos existem cada vez mais manifestações culturais que têm a marca ibero-americana mas estão imersas no mundo anglo-saxónico”, afirmou à Efe Iglesias, no final do encontro celebrado hoje no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) sobre a interacção das duas culturas.

O fórum, que se celebra nos dias 27 e 28 de Outubro, assinala, segundo o Secretário-Geral Ibero-Americano e o ex-Presidente do BID “o início de um processo de diálogo e cooperação” entre os países da região para fortalecer o “importante activo” que é o espanhol nos Estados Unidos.

Para Iglesias, os países que falam espanhol formam uma “potência cultural “que está a fazer muito para preservar, fomentar e difundir”  a língua, mas ainda “se pode fazer muito mais”.

O mesmo esforço deve também ser desenvolvido na Ibero-América, onde “continuamos a falar da Aliança de Civilizações, mas não nos damos conta de que na realidade não nos conhecemos uns aos outros”, referiu.

Iglesias é da opinião de que a região está numa espécie de “redescobrimento da sua cultura” impulsionado pela tomada de consciência do seu valor económico, e acrescentou que se estima que as manifestações culturais são responsáveis por cerca de seis por cento do produto interno bruto (PIB) conjunto da América Latina.

“Queremos um reconhecimento formal da nossa cultura. O espaço cultural da Ibero-América não termina nas suas fronteiras, e a sua integração nos Estados Unidos é um exemplo”, assegurou.

Pelo seu lado, Moreno destacou que a “crescente influência dos hispanos” no país norte-americano “nota-se cada vez mais nas áreas de negócio” e está cada vez mais patente na política, o que demonstra que os “Estados Unidos não é um país mono linguístico nem mono cultural”.

Neste sentido, Moreno espera que o encontro abra “vias de cooperação” entre a sua instituição, a SEGIB e a Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI), que também participa no fórum, para enfrentar a “urgente necessidade” de dar prioridade à cultura nas relações exteriores da região”.

 

 

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