A cerimónia de entrega de bolsas Santander Universidades teve lugar na quarta-feira, 24 de agosto, em Montevideu. A mesma contou com a presença do seu Gestor Geral, Jorge Jourdan, e da Gestora do referido programa, María de la Paz Goldaracena de las Carreras. O Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, foi o orador principal, destacando o grande trabalho que a instituição realiza e a importância do apoio que está a dar ao empreendorismo, à criatividade e às relações entre os diferentes segmentos da educação terciária.
Assinalou também que o Uruguai e a América Latina têm uma grande oportunidade de crescimento, para o qual a chave é a aposta na formação dos recursos humanos.
“Temos que entender que o mundo já está a mudar mas que ainda vai mudar muito mais, e essa mudança vai-se projetar numa nova economia baseada fundamentalmente no conhecimento e na inovação”.
O Secretário-Geral Ibero-Americano afirmou também que para que o país seja realmente capaz de aproveitar as oportunidades que o momento atual oferece “temos de pensar em termos de revoluções pacíficas e a revolução da educação é um tema fundamental porque implica entrar no domínio da educação de qualidade”. E acrescentou que a “segunda revolução é a revolução da inovação”.
Por outro lado, salientou que o diálogo entre as universidades e as empresas é um dos aspectos que é preciso aprofundar. “Existe uma área para trabalhar e nela se assentam fundamentalmente as expectativas de futuro”, concluiu.
Entretanto, o Presidente Executivo do Santander, Jorge Jourdan, referiu que está a surgir uma nova ordem mundial onde a América Latina ocupa um “espaço privilegiado e o Uruguai é hoje visto com respeito pelas outras regiões”.
O principal executivo do Santander concordou com Iglesias ao associar a educação com a ideia das mudanças profundas. Neste sentido, referiu-se ao fenómeno da expansão das classes médias na região, assinalando que “a educação será a principal arma desta revolução”. Acrescentou também que a educação será a via possível para alcançar “melhorias profundas na sociedade por ser a única ferramenta capaz de promover a igualdade de oportunidades”.
Por outro lado, Jourdan afirmou que os graduados uruguaios não só devem ter idoneidade técnica como também é necessário que atinjam níveis de relacionamento mais profundos com outros colegas e maiores possibilidades de aceder a novas fontes de informação e a mercados que “sabemos que são cada dia mais globais e mais exigentes”.
Por esta razão, indicou que um dos pilares do apoio do Santander às universidades é a atribuição de bolsas que promovam o intercâmbio estudantil e docente a nível internacional. Este ano a instituição destinará 935.000 dólares para apoiar a educação universitária no Uruguai.
Anualmente o apoio de Santander tem vindo a aumentar. Nesta oportunidade, o crescimento dos fundos explica-se pelo lançamento do programa “Bolsas Ibero-América”, que tem como objetivo reforçar a mobilidade e intercâmbio de estudantes entre universidades ibero-americanas.
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