Inauguração do II Fórum Ibero-Americano sobre Migração e Desenvolvimento

A segunda reunião do Fórum Ibero-Americano sobre Migração e Desenvolvimento, FIBEMYD, efectua-se no âmbito dos mandatos dos Chefes de Estado e de Governo da Ibero-América, adoptados nas XVIII e XIX Cúpulas Ibero-Americana, e tem lugar em San Salvador, El Salvador, nos dias 22 e 23…

A segunda reunião do Fórum Ibero-Americano sobre Migração e Desenvolvimento, FIBEMYD, efectua-se no âmbito dos mandatos dos Chefes de Estado e de Governo da Ibero-América, adoptados nas XVIII e XIX Cúpulas Ibero-Americana, e tem lugar em San Salvador, El Salvador, nos dias 22 e 23 de Julho de 2010.

“Sempre houve migrações. O que nos parece ser um drama é que as pessoas tenham de partir porque não têm trabalho nos seus países, isso é uma desgraça”, declarou o Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, na abertura do II Fórum Ibero-Americano sobre Migração e Desenvolvimento. “A grande angústia que temos é conseguir manter o princípio de respeito pelos direitos humanos (dos emigrantes). Esse é o tema central”, acrescentou Enrique V. Iglesias, ao comentar os assuntos que serão abordados durante este fórum. Iglesias lamentou o “desconhecimento que a sociedade tem, especialmente receptora, da cooperação do imigrante ao seu progresso” e indicou que “ainda é um trabalho pendente em muitos locais”. Criticou as políticas que consideram a eliminação da imigração como uma forma de contrariar o desemprego. “Quando é exactamente ao contrário, porque o migrante traz capacidade de produção e apenas produzindo mais e crescendo mais se consegue gerar mais emprego”, acrescentou.

Por outro lado, o Ministro dos Assuntos Exteriores de Salvador, Hugo Martinez, assinalou durante a sua intervenção, que este fórum é uma “oportunidade de passar das palavras a actos concretos” e rejeitou “qualquer associação que vincule o migrante directamente com a delinquência”.

A este encontro assistem também a directora adjunta da Organização Internacional para as Migrações (OIM), Laura Thomson; a secretária de Estado da Imigração e Emigração do Governo de Espanha, Anna Terrón; e a ministra da Secretaria Nacional de Migrantes do Equador, Lorena Escudero, entre outros. Ao fórum assistem delegados dos 22 países ibero-americanos, que desenharam nesta quinta-feira e sexta-feira um “plano de acção” para resolver o problema.

A conferência debaterá a forma como a crise económica “afecta” a América Latina no tema migratório, criação de emprego e direitos humanos dos migrantes, entre outros temas.

O Fórum foi organizado pela Secretaria-Geral Ibero-Americana, SEGIB, com a cooperação do Governo de El Salvador, a Comissão Económica para a América Latina e Caribe, CEPAL, através do Centro Latino-Americano e Caribe de Demografia, CELADE, e da Organização Internacional para as Migrações, OIM. Conta além disso com o co-auspício do Fundo de População das Nações Unidas, UNFPA, do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, ACNUR, e da Fundação Carolina de Espanha.

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