O Centro de Arte Teatro Fernán Gómez de Madrid recebe desde esta quarta-feira, 3 de abril, e até ao próximo dia 30 de junho, a exposição “Grandes Mestres da Arte Popular da Ibero-América”, uma mostra de cerca de 1.260 pelas artesanais elaboradas em diferentes técnicas e materiais por cerca de 450 artistas de 22 países ibero-americanos, e que foi inaugurada pela Rainha Dona Sofía.
A exposição mostra objetos decorativos, cerimoniais ou de utilização quotidiana: instrumentos musicais, ponchos, panos de lã tecidos com dois lados diferentes, tapeçarias, cestos, chapéus, chapéus de plumas, miniaturas, árvores da vida, brinquedos, esculturas, blusas, máscaras, imagens religiosas, gravações. Os ramos artesanais que a exposição inclui são a cerâmica, madeira, pele, papel, têxteis, fibras vegetais, artesanato em metal e joalheria, entre outras.
Segundo explicou a diretora geral de Fomento Cultural Banamex e comissária da exposição, Cándida Fernández de Calderón, esta mostra procura “a difusão e o significado da arte popular”, de modo que “a arte popular se considere arte”.
A comissária destacou a grande capacidade técnica dos mestres artesãos, assim como os que procuram – “e conseguem” – em todo os momentos a beleza dos objetos que criam. Com a mostra quer-se apoiar a transmissão da sua técnica e do seu ofício a novas gerações de artesãos, assim como evitar que se perda a “técnica e o conhecimento” destes criadores.
Estes objetos exprimam as tradições, sentimentos e pensamentos das populações ibero-americanas, mas também se mostram peças intrinsecamente bonitas por si mesmas. Os instrumentos utilizados para a elaboração destes objetos são muito rudimentares, apesar das técnicas serem por vezes muito complexas.
O preço da entrada general é de dois euros e o dinheiro recebido destinar-se-á ao programa de apoio à arte popular implementado em 1996 pelo Fomento Cultural Banamex. Os horários de funcionamento da exposição são das 11:00 às 20:00 horas de terça a sexta-feira, das 11:00 às 21:00 horas aos sábados e das 11:00 às 14:00 horas aos domingos.
A exposição é o resultado de um trabalho de procura e seleção das peças de mais de cinco anos, que contou com a participação do Banco Nacional de México, Fomento Cultural Banamex, Conselho Nacional para a Cultura e asa Artes, Instituto Nacional de Antropologia e História, Secretaria de Relações Exteriores, Secretaria General Ibero-americana, Embaixada do México em Espanha, ajuntamentos de Madrid e de Cádiz e Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento.
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