Iglesias reclama maior presença de países emergentes no conselho do FMI

O Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, reclamou no dia 18 de Outubro, em declarações à Efe em Buenos Aires, uma maior presença dos países emergentes no conselho executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) de acordo com o seu “novo poder económico” no mundo. Iglesias apoiou assim…

O Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, reclamou no dia 18 de Outubro, em declarações à Efe em Buenos Aires, uma maior presença dos países emergentes no conselho executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) de acordo com o seu “novo poder económico” no mundo. Iglesias apoiou assim as reivindicações que fizeram os países emergentes na última assembleia do FMI onde criticaram o sistema de quotas vigente para determinar o poder de voto no conselho do organismo, que conta com 24 membros. “Existem pequenos países europeus que têm mais voto que a China no conselho. Este modelo não vai funcionar”, lamentou na cerimónia de abertura do Congresso Mundial de Engenharia que se celebra em Buenos Aires.

O conselho executivo do FMI é formado por 24 directores executivos que representam os 187 países membros e encarrega-se de aprovar os empréstimos aos países e tomar as decisões do quotidiano.

Iglesias considerou que a “crise global requer soluções globais”, pelo que afirmou ser “fundamental” que o organismo represente os “novos poderes no mundo” e deu como exemplo os países em desenvolvimento latino-americanos e asiáticos.

“O FMI é o grande banco central do mundo e deve conseguir legitimidade perante a sociedade e os governos”, assinalou o funcionário de origem espanhola e nacionalidade uruguaia, que considerou que no “contexto de reequilíbrio” do Fundo “deveria estar presente a América Latina”.

Neste sentido, Iglesias apostou também, durante a sua conferência, no desenvolvimento de “novas regras de jogo” para o “novo tipo de multilateralismo” que impera, no seu entendimento, nas relações internacionais.

“Teremos um mundo mais justo e equitativo se se respeitarem os princípios éticos fundamentais”, disse, insistindo que a “ganância” esteve na origem da crise económica global.

A conferência de Iglesias foi precedida pela do ministro de Planificação da Argentina, Julio de Vido, que advogou o desenvolvimento de um “pólo de desenvolvimento científico” no país sul-americano.

O ministro considerou que a engenharia gera um “impacto não só económico mas também social” e apostou em impulsionar uma formação técnica “adequada para o país que pretendemos”.

Mais de 5000 profissionais internacionais participam no Congresso Mundial de Engenharia que iniciou no domingo em Buenos Aires.

No evento, que terminará na quarta-feira, 20 de Outubro, analisar-se-á a incidência das tecnologias da informação, energia e alteração climática na área da engenharia, entre outros assuntos.

 

 

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