O Secretário Geral Ibero-americano, Enrique V. Iglesias, inaugurou o Simpósio de Emprego Juvenil “A crise do emprego juvenil em Espanha… e no mundo”, organizado conjuntamente pela Organização Ibero-americana de Juventude, a International Youth Foundation e pela SEGIB, que se celebra hoje, 18 de julho, na Casa da América em Madrid.
Participaram também na abertura o Secretário Estado espanhol de Serviços Sociais, Juan Manuel Moreno, e em representação da INJUVE, Rubén Urosa Sánchez.
Durante a sua intervenção, Iglesias alertou que os milhões de jovens que não estudam nem trabalho nessa região representam um problema de exclusão social que deve ser tratado.
Também reconheceu que o problema dos “ninis”, como lhes chamou, não se sabe como tratar, mas insistiu que “são pessoas que estão em exclusão e muitas delas têm a sensação de que estão a mais, não sabem onde se enquadrar na sociedade”.
O Secretário Geral Ibero-americano assegurou que o problema da juventude no contexto demográfico tinha saído da agenda de preocupações de muitos governos, mas exatamente devido a fenômenos novos como o dos “ninis”, voltou-se a posicionar como prioridade.
Por outro lado, instou a aproveitar as oportunidades oferecidas pelas novas tecnologias para a criação de emprego juvenil, focando tanto a indústria, serviços a mudanças sociais e afirmou que tanto os governos como a sociedade devem enfrentar o problema da falta de empregos par os jovens.
“A juventude tem oportunidades espetaculares, as que lhe são dadas pelo fato de serem bem formados, e além disso hoje em dia podem aspirar a formar-se numa estrutura de produção de alta tecnologia”, assegurou.
“Os governos têm responsabilidade, o sistema educativo tem também respostas, como o tem o financiamento de oportunidades, o setor privado”, afirmou.
Por outro lado, o Secretário de Estado espanhol de Serviços Sociais, Juan Manuel Moreno, afirmou que a crise econômica em Espanha afeta 57 por cento dos menores de 25 anos que não têm emprego, pelo que é um dos dados mais preocupantes neste país. Explicou também as medidas do governo espanhol para promover a criação do emprego jovem e o empreendorismo, assim como as iniciativas recentes da União Europeia (UE), uma vez que este problema afeta seis milhões de jovens.
O Simpósio, que reuniu representantes de governos, acadêmicos, instituições, organismos internacionais e setor privado, dividiu-se em dois painéis: “O papel do setor privado nas soluções para a crise do emprego juvenil” e “A experiência da Ibero-América a enfrentar essa problemática”.
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