Iglesias: a Cúpula Ibero-Americana, à procura de Estados mais eficientes

A Cúpula Ibero-Americana, que se celebrará nos próximos dias 28 e 29 de outubro no Paraguai, estará “muito dominada” pela conjuntura atual, afirmou na terça-feira, 18 de outubro em Madrid o Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, que alertou sobre o risco da auto-complacência na América…

A Cúpula Ibero-Americana, que se celebrará nos próximos dias 28 e 29 de outubro no Paraguai, estará “muito dominada” pela conjuntura atual, afirmou na terça-feira, 18 de outubro em Madrid o Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, que alertou sobre o risco da auto-complacência na América Latina.

“O tema central, hoje, é moderar um pouco um certo sentimento de complacência de debater como fazer para gerir os impactos negativos que nos podem chegar do exterior”, indicou Iglesias no pequeno-almoço informativo Nova Economia Fórum, celebrado na capital espanhola.

Entre os condicionantes internos na América Latina, Iglesias alertou sobre o risco “da auto-complacência”.

“Houve um excesso de otimismo na América Latina nos últimos anos, como se tivéssemos chegado à terra prometida. A América Latina tem de fazer muitos esforços para fazer frente aos seus problemas sociais”, disse Iglesias, que destacou entre estes últimos o da equidade”.

Os chefes de Estado e de Governo analisarão no Paraguai “o tema da transformação do Estado”, acrescentou Iglesias, assinalando que os pontos centrais nos quais o debate se centrará são: a necessidade um grande acordo fiscal para captar recursos e aplicá-los bem. Um serviço civil baseado na meritocracia. Relações com o setor privado. Relações com os governos locais.

Trata-se, explicou, de debater sobre qual é o estado “de que a Ibero-América precisa hoje para cuidar dos passivos pendentes” e para fazer frente ao mundo que aí vem, “que é um mundo complexo e difícil”, no qual os Estados têm um papel a cumprir”.

Na sua opinião, é preciso um Estado eficiente, “que não sufoque o mercado” e que se intervêm, “o faça bem”. A América Latina deve continuar a fortalecer-se sem que falte a promoção política, por muito que as relações econômicas sejam hoje a realidade mais palpável.

Vídeo de Enrique V. Iglesias no Fórum Nova Economia

 

 

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