A Ibero-América aspira a conseguir um sistema educativo de “primeira divisão” para situar-se à altura dos países desenvolvidos, um objetivo que requer o apoio da União Europeia (UE).
Essa ideia centrou as jornadas do “Foro de Ministros da Educação da União Europeia – América Latina e o Caribe sobre Educação, Inovação e Inclusão social”, que se celebraram a partir do dia 15 de março na Casa de América da capital espanhola.
O Foro é uma reunião preparatória da VI Cúpula de Chefes de Estado e de Governo que os países da UE e da América – Latina celebrarão no próximo mês de maio em Madri, sob a Presidência de turno da União que a Espanha exerce durante o primeiro semestre de 2010.
Um dos objetivos da conferência ministerial, inaugurada pela vice presidenta primeira do Governo espanhol, María Teresa Fernández de la Vega, é a inclusão do projeto educativo ibero-americano “Metas 2021″ na agenda de cooperação da UE.
“Metas 2021″, processo que lançaram em 2008 os Governos reunidos na Conferência Ibero-Americana de Educação de El Salvador, busca situar a educação da Ibero-América, onde vivem 34 milhões de analfabetos, em um nível similar ao dos países desenvolvidos.
O objetivo é alcançar essa meta em 2021, quando se comemoram os bicentenários das independências dos países da região.
“Queremos, podemos e devemos fazer que a geração dos bicentenários seja a geração melhor formada, melhor preparada e mais integrada regional e globalmente de sua história”, afirmou De la Vega ao inaugurar a reunião ministerial.
Também participou no Foro o Secretário Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, que expressou sua esperança de que a educação”entre pela porta grande das relações entre a Europa e a América-Latina.
O Secretário-Geral da Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI) para a Educação, a Ciência e a Cultura, Álvaro Marchesi, advogou por “um esforço coletivo enorme para alcançar situar a educação dos países ibero-americanos na primeira divisão, na liga dos países mais desenvolvidos”.
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