Homenagem a Carlos Fuentes, o homem que sonhou a Ibero-América

A Secretaria-Geral Ibero-Americana (SEGIB), prestou na quinta-feira, 7 de junho, uma homenagem ao intelectual Carlos Fuentes, o mexicano universal de cunhou a idéia de “Território da Mancha” para falar de língua, e identidade, um âmbito deste último que chegou a obcecá-lo em busca das raízes…

A Secretaria-Geral Ibero-Americana (SEGIB), prestou na quinta-feira, 7 de junho, uma homenagem ao intelectual Carlos Fuentes, o mexicano universal de cunhou a idéia de “Território da Mancha” para falar de língua, e identidade, um âmbito deste último que chegou a obcecá-lo em busca das raízes latino-americanas.

A cerimônia em memória de “Carlos Fuentes, o Homem que sonhou a Ibero-América”, reuniu no Conversatório da SEGIB em Madrid amigos do escritor mexicano, que faleceu no passado dia 15 de maio de forma repentina.

Os assistentes, entre eles o secretário-geral ibero-americano, Enrique V. Iglesias; o ex-presidente do Governo espanhol Felipe González; o novo embaixador do México em Espanha, Francisco Ramírez-Acuña; a presidente do Conselho Nacional para a Cultura o México, Consuelo Sáizar; ou o presidente da editora Santillana, Emiliano Martínez, concordaram em definir Fuentes como “a voz do México no Mundo”.

Uma idéia que, conjuntamente à de homem universal e polifacetado, compartilharam também o diretor geral do Fundo da Cultura Econômica, Joaquín Díez-Canedo; o diretor geral da Casa da América, Tomás Poveda; e o secretário-geral do Instituto Cervantes, Rafael Rodríguez-Ponga.

“É uma pessoa irrepetível”, disse na sua intervenção Felipe González, para quem Fuentes (Panamá 1928 – México 2012) foi um grande escritor, um grande expositor e um grande conversador que encheu de cultura todas as facetas da sua vida e promoveu o chamado boom latino-americano, conjuntamente com Gabriel García Márquez, Mario Vargas Llosa e Julio Cortázar.

De acordo com o ex-presidente, o intelectual mexicano estava “obcecado pelas raízes da identidade”, a América Latina, e por isso tentava procurar uma explicação racional para os problemas que apresenta a sua concepção da Ibero-América em conjunto, mas ultimamente tinha-se dado conta de que “agora há mais um passo que gostaria de viver”.

A sua “paixão pela política” manteve-o fora dela para poder analisá-la e em seguida contribuir com as suas idéias, afirmou González, com o objetivo, completou Poveda, de democratizar as instituições de tornar a Ibero-América um lugar com “mais liberdade, tolerante e humano”.

“A sua obra transforma-o em imortal”, manteve pelo seu lado o diretor da Casa da América, onde na próxima quarta-feira se desenvolverá uma leitura continuada da sua obra “Aura”.

O grande compromisso de Fuentes com a língua espanhola e com a literatura tornou possível construir uma ponte de letras sobre o Atlântico com a qual alargou a região da Mancha na Ibero-América.

“Quase quinhentos milhões falamos, lemos, pensamos e sonhamos na língua de Cervantes”, indicou o embaixador Ramírez-Acuña.

Era um “homem do mundo. Internacional”, acrescentou Diéz-Canedo, e “indispensável para a cultura universal”, segundo Enrique V. Iglesias, que confessou que nos fará falta a sua “experiência e reflexão serena” na tarefa de repensar a Ibero-América hoje.

Video homenagem a Carlos Fuentes

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