Fórum Ibero-americano incentiva as PME da região a fazer alianças

O Fórum Ibero-americano Século XXI, com a abertura do ciclo “A hora da Competitividade”, celebrou-se na terça-feira, 21 de maio, em Madrid, e contou com as intervenções do Ministro espanhol de Assuntos Exteriores e de Cooperação, Jose Manuel García-Margallo; do Secretário Geral Ibero-americano, Enrique V. Iglesias; do Presidente da CEOE, Juan Rosell, e do Vice-presidente Sénior Mundial de Microsoft, Orlando Ayala.

O Fórum Ibero-americano Século XXI, com a abertura do ciclo “A hora da Competitividade”, celebrou-se na terça-feira, 21 de maio, em Madrid, e contou com as intervenções do Ministro espanhol de Assuntos Exteriores e de Cooperação, Jose Manuel García-Margallo; do Secretário Geral Ibero-americano, Enrique V. Iglesias; do Presidente da CEOE, Juan Rosell, e do Vice-presidente Sénior Mundial de Microsoft, Orlando Ayala.

Durante a apresentação do Fórum, o Ministro García-Margallo fez uma descrição da crise de que padece a Zona Euro em geral e Espanha em particular, “em que o nosso endividamento massivo e perda de competitividade, com custos laborais impossíveis de assumir, fizeram com que o sofrimento fosse maior”. Por isso, o Governo de Espanha tem um trabalho duplo: “a luta para ajustar as nossas contas não é uma opção, é uma obrigação”.

Por outro lado, Enrique V. Iglesias fez um apelo aos empreendedores dos países da América Latina a não adormecer à sombra dos louros do que se conseguiu nesta “década excepcional” para o crescimento da zona: “o perigo está em que esta oportunidade não seja a base de um crescimento e um desenvolvimento sustentável”. Iglesias referiu, também, três revoluções pendentes que a Ibero-América não deve deixar atrás: a da qualidade da sua educação, a de maior incorporação – e melhoria – da tecnologia, sobretudo em agricultura, e a da inovação.

Para Juan Rosell, as empresas espanholas devem “instalar-se na Ibero-América” e recordou que a CEOE mantém contatos com os patronatos latino-americanos. Destacou ainda o Brasil e o México como países “chave” pelo seu volume de população e porque estão a acontecer transformações importantes, e mostrou-se convencido de que se ambos promoverem a aposta ibero-americana nos próximos anos será definitiva.

Na sua opinião, a chave de uma situação positiva é que os investimentos estrangeiros aumentem, apesar de se dever melhorar aspetos como a educação e a saúde, assim como os investimentos em I +D, onde “existe um importante caminho por percorrer”.

Por último, Orlando Ayala sublinhou que o mais preocupante da situação atual no mundo é o desemprego juvenil. “Em todo o planeta existem 300 milhões de jovens que nem estudam nem trabalham. Em Espanha existe 57% de desemprego juvenil. Isto é uma bomba relógio”. Ayala manifestou que é necessária uma revolução global que, apoiando-se na tecnologia, estenda o desenvolvimento a todas as camadas da sociedade.

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