EUA buscam uma maior cooperação com a América – Latina e a União Europeia

A Secretária de Estado americana, Hillary Clinton, destacou em Madri no dia 21 de abril o interesse de Washington por reforçar a cooperação com uma região estratégica como a América – Latina e com a União Europeia (UE), atores com os que disse seu país…


A Secretária de Estado americana, Hillary Clinton, destacou em Madri no dia 21 de abril o interesse de Washington por reforçar a cooperação com uma região estratégica como a América – Latina e com a União Europeia (UE), atores com os que disse seu país compartilha uma “agenda similar”.

“O Presidente (Barack) Obama e eu trabalhamos desde o primeiro dia de seu governo para promover a colaboração e a associação com as Américas”, disse Clinton em uma breve mensagem dirigida ao Foro Europa -América Latina -EUA, celebrado em Madri e organizado pela Secretaria-Geral Ibero-Americana (SEGIB), o Real Instituto Elcano e o centro de estudos Inter-American Dialogue de Washington.

Em uma breve locução gravada, a chefe da diplomacia americana mencionou “quatro áreas” nas que EUA quer potenciar sua relação com a América-Latina.

O Governo americano quer “expandir uma associação social e econômica, melhorar a segurança dos cidadãos, avançar a um futuro energético seguro e limpo e construir instituições de governança mais capazes e eficazes”.

“Esta – assegurou – é uma agenda ampla compartilhada em toda a região e estamos trabalhando para fazê-la avançar mediante associações que nos ajudem a mobilizar a grande experiência e capacidade que existe em todas as Américas, não só nos governos se não também na indústria privada, no mundo acadêmico e na sociedade civil”.

Ademais, ressaltou Clinton, “membros da União Europeia também estão implicados de muitas importantes maneiras nesse hemisfério. Temos uma agenda similar”.

Segundo a Secretária de Estado, EUA e a UE já mostraram “o poder de nosso compromisso conjunto no esforço para ajudar ao povo do Haiti e do Chile”, trás a devastação causada pelos terremotos que este ano sacudiram essas nações.

Para Clinton, o Foro celebrado hoje em Madri representa “uma oportunidade para destacar quanto levamos em conta o trabalhar juntos com a Europa para coordenar melhor nossos esforços para fortalecer nossa efetividade”

“Há áreas nas que podemos fazer que nosso trabalho seja mais complementario”, reiterou a Secretário de Estado, ao tempo que defendeu por “construir um futuro mais brilhante para nossos povos”.

O Secretário de Estado adjunto de Estados Unidos para o Hemisfério Ocidental, Arturo Valenzuela, subscreveu estas palavras e marcou que “a Administração Obama conseguiu muitos avanços no último ano para voltar a envolver-se com as Américas”.

Durante uma intervenção mediante vídeo-conferência no mesmo foro de Madri, Valenzuela, responsável da diplomacia americana para a América Latina, destacou com “tom completamente diferente” da política exterior dos EUA para a América Latina, em comparação com o anterior Governo do presidente George W. Bush.

Agora, argumentou Valenzuela, “reconhecemos que há potências significativas na região (…) e buscamos verdadeiros aliados para resolver assuntos”, como o crime organizado e o narcotráfico.

“No estamos aqui para por condições, se não para ver como trabalhar juntos para defender os interesses de nossos povos. Buscamos compromissos multilaterais e fortalecer instituições de colaboração”, como a Organização de Estados Americanos (OEA).

Também -prosseguiu o Secretário adjunto – “respeitamos os esforços dos países latino americanos para forjar seus próprios acordos institucionais, como o SICA (Sistema de Integração Centro Americano)”, que resulta um “mecanismo muito válido”.

Os Estados Unidos querem apoiar esses processos “de uma maneira respeitosa”, insistiu Valenzuela, que destacou que a América Latina é uma região de “interesse vital” na que os Estados Unidos tem “interesse estratégico”.

O Secretário de Estado adjunto advogou, assim mesmo, pelo diálogo com outros atores globais, como a União Europeia, “para ver como podemos fazer que a cooperação seja mais efetiva para ajudar a países com suas próprias agendas de reformas”.

Tomás Abadía, representante do Escritório de Relações Internacionais da Comissão Europeia (o órgão Executivo da UE) no foro celebrado em Madri, valorou essa vontade de diálogo, pois -disse – os EUA e a Europa “compartilham os mesmos valores”.

Ao foro que hoje celebrou-se na capital espanhola assistiram numerosos representantes de ambos continentes, entre outros o Secretário-Geral da Organização de Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza.

 

 

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