I Congresso Mundial “O quarto setor: impulsionando e regulando a economia Triplo Balanço na Espanha”.
Para que é necessária a regulação do Quarto Setor?
Estamos em um momento essencial para advogar pela regulação das empresas com propósito, redefinir nosso modelo econômico e caminhar juntos rumo a um modelo de desenvolvimento de triplo impacto positivo (Triplo Balanço). Outros países já estão fazendo isso e é necessário que na Espanha se articule um debate diverso e inclusivo para gerar um contexto normativo e ativo forte que impulsione os ODS no setor empresarial.
Nosso sistema de produção e organização público-privado tem uma estrutura simples, onde se definem três setores tradicionais: primeiro setor (o público), segundo setor (o privado) e terceiro setor (sem ânimo de lucro). O segundo setor, o privado, são as empresas com ânimo de lucro, onde prima a lógica do máximo benefício, em contraposição a um terceiro setor, constituído por organizações sem ânimo de lucro que têm um fim social e/ou ambiental, e que dependem majoritariamente de doações privadas e/ou subvenções do setor público.
Neste contexto nasce o quarto setor, um âmbito que persegue gerar um triplo impacto econômico, social e ambiental. Este setor está se formando tanto por empresas do segundo setor como organizações do terceiro setor que necessitam viabilizar economicamente seus projetos.
O Quarto Setor nasce para recolher e coordenar todas as novas economias que apareceram nos últimos anos, economia azul, rosquinha, com propósito, economia verde, feminista, social, de impacto, economia do bem comum, economia circular etc. No fundo, todas estas economias compartilham um mesmo propósito: utilizar a força do mercado para ter um impacto social e meio ambiental positivo, ao mesmo tempo que são viáveis economicamente e questionam os princípios da economia clássica.
Este congresso é um espaço colaborativo entre os representantes das novas economias que aportam desde suas experiências nacionais, europeias e latino-americanas já existentes. O desafio agora é definir suas necessidades, a regulação aplicável e dar significados, em consenso, aos desafios que há por diante. Daí partimos para regular um Quarto setor na Espanha emoldurado na estratégia Europeia do Green Deal 2050.
AGENDA
Dia 1 – 22 de junho
BOAS-VINDAS – Quarta-feira, 22, de 16:00h a 16:30h
Temos um grande desafio por diante. Apresentação dos temas principais a debate ao longo das jornadas.
– Gabriel Castañares, Diretor Geral de Políticas Alavanca para o Cumprimento da Agenda 2030.
– Andrés Allamand, Secretário-Geral Ibero-americano.
– Mónica García, Deputada Porta-voz de Más Madrid, Assembleia de Madri.
– Marta García Larriu, Presidenta SANNAS.
MESA 1 – Quarta-feira, 22, de 16:30h a 17:15h
Quais são as características do Quarto Setor? Definição conceitual desde a experiência na Europa e na América Latina. Taxonomia das empresas com propósito de triplo balanço.
– Carlos Trías, Membro do Comitê Econômico e Social Europeu, UE.
– Juan Diego Mujica, LL.M Havard Law School, Lei BIC Peru, Universidade de Lima.
– Sharam Yalda, Fundador HumanNation. Nova economia consciente.
– María García, Innuba, Ex Relações Institucionais SANNAS. MODERA.
MESA 2 – Quarta-feira, 22, de 17:15h a 18:00h
¿Que regulação o Quarto Setor necessita? Desde as referências já existentes na Europa e na Latino-América, gerar uma conversação que nos dê as chaves para uma lei espanhola que defina as empresas com propósito triplo balanço. Que leis devem ser modificadas? Escutar a proposta avançada de lei de B Corp.
– Patrick Klein, Diretor do Setor Economia Social e Empresa Social, Comissão Europeia.
– Camila Crescimbeni, Deputada Nacional, Autora Projeto Lei BIC Argentina.
– Pablo Sánchez, Diretor Executivo em B Lab Espanha.
– Javier Goikoetxea, BIKOnsulting, Alianzas SANNAS. MODERA.
MESA 3 – Quarta-feira, 22, de 18:30h a 19:15h
Pymes e autônomos referências em setores de regeneração da economia contam suas experiências como atores silenciosos do Quarto Setor na Espanha. As Pymes como atores de mudança.
– Nerea Basterra, Diretora da Área do Setor Privado na Oxfam Intermón.
– Mario Sanchez-Herrero, Diretor Cofundador Ecooo Revolução Solar.
– María Camila López Rojas, Diretora de Sustentabilidade, Juan Valdez Café.
– Iñaki Alonso, sAtt Arquitetura Triplo Balanço, Cofundador SANNAS. MODERA.
Dia 2 – 23 de junho
ABERTURA – Quinta-feira, 23, de 16:00h a 16:30h
Um espaço para resumir os marcos e conclusões da jornada anterior. Boas-vindas e resumo do dia anterior.
MESA 4 – Quinta-feira, 23, de 16:30h a 17:15h
Que tipo de estímulos públicos, financeiros e benefícios tributários faltam para fazer crescer o Quarto Setor. Colaboração público privada para a recuperação econômica.
– Carlos Cordero, Sócio Diretor na Sustentia Inovação Social, SANNAS.
– Alfonso Abdo, Subsecretário Ministério de Produção, Equador.
– Carolina Robino, International Development Research Centre, Canadá.
– Paco Romero, Cofundador e ex Presidente SANNAS. MODERA.
MESA 5 – Quinta-feira, 23, de 17:15h a 18:00h
O que é o Life Long Learning e qual é seu papel na cultura empresarial do futuro? Alcançar a autenticidade de uma resposta regenerativa real centrada nas pessoas e no planeta e propagá-la a todos os níveis educativos.
– Federico Buyolo, Diretor de Inovação Cultural na Fundação José Ortega e Gasset-Gregorio Marañón.
– Constanza Connolly, Vice-presidenta da Global Alliance of Impact Lawyers.
– Ion Leceta, LANKI, Instituto de Estudos Cooperativos, Universidade de Mondragón.
– Raquel Traba, Coworking TRIPLE – sede SANNAS. MODERA.
CLAUSURA – Quinta-feira, 23, de 18:00h a 18:45h
Próximos passos das organizações, empresas, entidades públicas e pessoas que se somam à ação para realizar a regulação das empresas com propósito de triplo impacto, o Quarto Setor na Espanha.
– Yolanda Minguito, Triodos Bank.
– Luís Felipe López Calva, Diretor Regional do PNUD para a América Latina e o Caribe.
– Jorge Neri, Cambio 16.