Coordenadores Nacionais e Responsáveis pela Cooperação analisam no Paraguai a agenda para a XXI Cúpula Ibero-Americana

A I Reunião de Coordenadores Nacionais e Responsáveis pela Cooperação teve início no dia 15 de junho em Asunción, Paraguai, com um seminário de reflexão sobre “Transformação do Estado e Desenvolvimento”, organizado pela Presidência Pro Tempore do Paraguai da XXI Cúpula Ibero-Americana de Chefes de…

A I Reunião de Coordenadores Nacionais e Responsáveis pela Cooperação teve início no dia 15 de junho em Asunción, Paraguai, com um seminário de reflexão sobre “Transformação do Estado e Desenvolvimento”, organizado pela Presidência Pro Tempore do Paraguai da XXI Cúpula Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo. O evento contou com a presença do Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, que salientou o papel do Estado perante a situação do mundo atual, e de Bernardino Saduier, Coordenador Nacional para a XXI Cúpula Ibero-Americana que se celebrará no final do próximo mês de outubro, no Paraguai. Assistiu também a Ministra da Função Pública do Uruguai, Lilian Soto.

Durante a sua intervenção, Iglesias afirmou que “se deve ver que tipo de Estados é que a região precisa para fazer frente à conjuntura mundial que estamos a viver, no fundo essa é a questão central”. Mencionou também que para se poder levar a cabo as mudanças necessárias deve realizar-se “a leitura do passado” e ver “o que é que deixaram as múltiplas experiências que temos vivido na América Latina ao longo dos anos”.

Considerou também que um Estado moderno necessita, entre outras coisas, “da mão invisível do mercado, mas da mão visível do Estado, que assegure a equidade, a justiça e os mecanismos de regulação para que o bem público predomine frente aos setores privados” e que “o tamanho do Estado não terá que definir cada país” uma vez que o que é importante “é a eficiência de cada um deles na sua relação com o setor privado e com a sociedade civil. Um Estado forte requer uma sociedade civil forte para poder realmente interagir e sustentar a democracia”, afirmou Iglesias, que explicou que as transformações estarão a cargo de cada país através de experiências comparadas.

Outros aspetos que devem ser observados, de acordo com Iglesias, são “a nova economia, que vai ser regida pelo conhecimento e inovação, assim como pela elevada competitividade”.

“O tema do meio ambiente, crime organizado, droga. A nova sociedade, onde temos uma classe média dominante que tem as suas exigências. Temos de analisar também a necessidade de participação, as pessoas reclamam ações e é necessário ser um agende de mudança”, indicou.

Pelo seu lado, Bernardino Saguier, Coordenador Nacional e Secretário da Comissão Nacional encarregada da realização da próxima Cúpula, disse que chegou o momento de “avançar na transformação do Estado e na procura de desenvolvimento para proporcionar melhores condições de vida a uma boa parte da população afetada pela pobreza, desigualdade e crescente insegurança”.

“Não devemos deixar passar as oportunidade para responder aos pedidos e aspirações dos nossos cidadãos, colocando em prática o impulso transformador para que as ideias e as iniciativas, através de uma concepção institucional precisa, nos permita alcançar maiores níveis de bem-estar e modernidade”, referiu o coordenador.

Saguier referiu que “o tema da cúpula não é um tema fácil” e que “há visões distintas na região e a maneira de os encarar têm diferentes contornos, mas o que procuramos é encontrar pontos comuns, e o ideal é fazê-lo lado a lado com a SEGIB”. Neste quadro, uma transformação do Estado com vista ao desenvolvimento, que gere respeito e confiança nas instituições do Estado torna-se indispensável”, acrescentou.

Os temas analisados no encontro, que terminará esta sexta-feira, serão apresentados na XXI Cúpula Ibero-Americana, que se celebrará nos dias 28 e 28 de outubro neste país sul-americano.

 

 

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