Conferência de Julián Isaías Rodriguez Díaz, Embaixador da República Bolivariana da Venezuela em Espanha

 
Rodríguez Díaz reflectiu sobre a “história não oficial” da América Latina e a importância das independências dos seus países durante a conferência que proferiu na quarta-feira, dia 24 de Novembro na sede da Secretaria-Geral Ibero-Americana de Madrid, em torno dos bicentenários.
O Embaixador venezuelano, que esteve…

 

Rodríguez Díaz reflectiu sobre a “história não oficial” da América Latina e a importância das independências dos seus países durante a conferência que proferiu na quarta-feira, dia 24 de Novembro na sede da Secretaria-Geral Ibero-Americana de Madrid, em torno dos bicentenários.

O Embaixador venezuelano, que esteve acompanhado pelo Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, e pelos professores da Universidade Complutense de Madrid (UCM) Gema Sánchez Melero e Marcos Roitman, afirmou que as actuais políticas da América Latina “têm uma transcendência histórica”.

Rodríguez Díaz baseou as suas afirmações na diferente visão que se tem a partir da Europa e a partir da América Latina da descoberta do continente em 1492.

“Pretende-se sustentar que nós, americanos, fomos descobertos, mutilando assim a nossa própria identidade”, disse.

Parafraseando o escritor uruguaio Eduardo Galeano, afirmou que o que realmente aconteceu foi que “a América descobriu o capitalismo” e recordou que antes de Colombo os vikings já tinham chegado ao continente americano.

“E antes dos vikings eram os avós dos nossos avós os que aí estavam, aqueles que deram nome ao milho, ao tomate ou ao chocolate que agora se consome na Europa”, afirmou.

O Embaixador disse que os processos que se desenvolvem actualmente na Bolívia, Equador, Nicarágua, Brasil, Argentina, Cuba e na Venezuela são a “continuação daquela resistência” e que todos eles reivindicam, entre outras coisas, “que se conte a história verdadeira”.

Por fim, reconheceu que as independências latino-americanas não acabaram nem com a “concepção racista europeia”, nem com os “privilégios das elites crioulas” e questionou o “que aconteceria se agora nascesse a autêntica “América Nossa” de José Marti”.

“Bolívia, Equador, Nicarágua, Brasil, Argentina, Cuba e Venezuela estamos dispostos a construir o nosso projecto social, solidário, complementar, equitativo, sem excluídos, em paz, com liberdade e com soberania”, concluiu.

 

 

Veja todos os assuntos