A apresentação do livro “A América Latina perante o espelho da sua integração 1810-2010”, editado pela Secretaria de Relações Exteriores e pela Universidade Autónoma do México (UNAM), teve lugar no dia 3 de maio na sede do Instituto de Investigações Jurídicas da UNAM do México.
Na cerimónia, Héctor Fix, Diretor do Instituto, deu as boas-vindas aos assistentes, enquanto que o Diretor da área internacional do CIDE, Carlos Heredia, fez o papel de moderador. A apresentação do livro esteve a cargo da Secretária Executiva da CEPAL, Alicia Bárcena; o Diretor do Escritório da SEGIB no México, Manuel Guedán, e o coordenador do livro, Arturo Oropeza, investigador do Instituto de Investigações Jurídicas da UNAM.
Alicia Bárcena, autora do ensaio “Bolivarismo, cultura e destino: 200 anos nadando contra a corrente”, compilado no livro, assinalou na sua intervenção que “a crise económica atual ameaça voltar a atrasar avanços na redução da pobreza, crescimento económico e algumas melhorias na distribuição do rendimento”, mas ao mesmo tempo assinalou “que existe vontade de renovação para evitar fracassos passados e para reinventarmos um novo modelo fundado em ideais democráticos e numa ordem social fundada na igualdade de direitos”.
Manuel Guedán destacou a importância de relacionar a comemoração do bicentenário com um projeto de futuro de integração latino-americana e, citando o Secretário-Geral, Enrique V. Iglesias, afirmou que “se trata de conseguir um multilateralismo complexo que gira as diferenças e alcance consensos tanto no interior dos Estados como nas relações internacionais e, para isso, é necessário ter em conta tanto a presença de novos atores como a existência das redes sociais interligadas, integradas por gerações participativas”.
O professor Arturo Oropeza encerrou a cerimónia agradecendo as palavras dos intervenientes e o patrocínio do livro à Secretaria de Relações Exteriores e à UNAM. O coordenador do livro afirmou, entre outras coisas, que assistimos a uma época marcada pelo fim das certezas e mudança de paradigmas, pela re-localização dos novos centros geopolíticos, pelo surgimento de novos atores económicos e, em definitivo, que a América Latina está em ótimas condições para formar parte do novo governo mundial. Finalizou a sua intervenção citando Oswaldo Sunkel: “Estimamos que de uma Era de mudanças estamos a passar para uma mudança de Era”.
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