A SEGIB, no centenário da Fundação da Casa América Cataluña

O presidente da Generalidade da Catalunha, Artur Mas, presidiu no dia 4 de abril a cerimónia institucional da comemoração do centenário da Fundação Casa América Catalunha, um evento que também contou com a participação do presidente da câmara de Barcelona, Jordi Hereu; o secretário-geral ibero-americano,…

O presidente da Generalidade da Catalunha, Artur Mas, presidiu no dia 4 de abril a cerimónia institucional da comemoração do centenário da Fundação Casa América Catalunha, um evento que também contou com a participação do presidente da câmara de Barcelona, Jordi Hereu; o secretário-geral ibero-americano, Enrique V. Iglesias, o ex-presidente da Generalidade, José Montilla; o presidente do Conselho da Província de Barcelona, Antoni Fogué; o secretário-geral de Assuntos Exteriores da Generalidade, Senen Florensa; e todos os representantes consulares dos países ibero-americanos acreditados em Barcelona. O evento foi apresentado pelo diretor-geral da Casa América Catalunha, Antoni Traveria.

Artur Mas salientou que a ibero-américa faz parte da “genética” da Catalunha, primeiro através da emigração e do trabalho de muitos catalães para a independência de alguns dos seus países, e na atualidade com a presença de latino-americanos na Catalunha e de muitas empresas catalãs que trabalham na América Latina.

Mas palavras do Secretário-Geral ibero-americano:

Finalmente, o comércio e os negócios foram outros campos que a Catalunha e a América Latina souberam manter e aprofundar ao longo do tempo. O dinamismo empresarial de ambas as partes foi muito intenso e foram, como sabemos, estes grupos empresariais catalães que desde um início – há já quase cem anos – viram a necessidade de apoiar a criação de uma Casa que aglutinasse o conhecimento sobre o património comum de ambas as regiões.

Num momento em que o cenário internacional e em particular a profunda recessão económica dos últimos anos, na Europa e nos Estados Unidos provocou uma viragem no eixo mundial. Niguém nega o peso que a Ásia (com a China e a Índia como potentes economias emergentes) tem na atração de investimentos e comércio internacional; nas oportunidades que gera.

Mas não nos esqueçamos do excelente desempenho atual que a América Latina está a viver: soube “escapar” dos efeitos da crise internacional, e já pode inclusivamente mostrar elevadas taxas de crescimento económico, que em vários países igualam as dos gigantes asiáticos. Os mercados emergentes, tanto da Ásia como da América Latina, tornaram-se efetivamente nos salva-vidas das entradas e das contas de empresas europeias.

Outro canal de ida e volta, e que nos potenciou mutuamente é a cultura em todas as suas expressões: pintura, artes cénicas, literatura, arquitetura.

Joaquín Torres García, Rafael Barradas, Margarita Xirgú, Mario Vargas Llosa, Gabriel García Márquez, Brayce Echenique, Antoni Bonet…para mencionar apenas alguns nomes…

Criadores que com o seu conhecimento e criatividade selaram definitivamente o enlace entre as vanguardas europeias com as novas correntes latino-americanas (na arquitetura, por exemplo, desde os anos 30), que criaram escolas de formação de várias gerações na pintura e nas artes cénicas, que compartilharam com a sua música a mensagem dos trovadores catalães, como Joan Manuel Serrat.

São muitos os escritores latino-americanos que encontraram nas décadas de 60 e 70 o seu lançamento editorial a nível internacional, aqui, em Barcelona, com editoras que souberam ver neles uma excelência e criatividade que o passar dos anos confirmou, recebendo os mais altos galardões e prémios da literatura universal.

Sem dúvida, esta mestiçagem cultural muito nos trouxe, a catalães e latino-americanos.

 

 

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