A Rainha de Espanha inaugura a IX Assembleia Geral do Fundo Indígena

A Rainha de Espanha inaugurou no dia 9 de Setembro a IX Assembleia Geral do Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e do Caribe, que se celebra pela primeira vez na Europa.
A mesa presidencial do evento incluiu, também, o presidente do…

A Rainha de Espanha inaugurou no dia 9 de Setembro a IX Assembleia Geral do Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e do Caribe, que se celebra pela primeira vez na Europa.

A mesa presidencial do evento incluiu, também, o presidente do Fundo, Luis Evelis Andrade, o 1º Vice-Presidente, Jerónimo Lanceiro, o 2º Vice-Presidente, Valdi Fischer, o Ministro espanhol de Assuntos Exteriores e para a Cooperação, Miguel Angel Moratino e o Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias.

A cerimónia começou com uma invocação por parte de dois xamãs, uruguaia e guatemalteco, para agradecer à Mãe Terra e rezar pela paz nas relações entre os homens e a natureza.

O presidente do Fundo, o colombiano Luis Evelis, referiu a alegria da comunidade ibero-americana por acolher a grande família de mais de seiscentos povos indígenas, com identidades baseadas no respeito harmonioso pela natureza, que oferecem o seu contributo para retornar globalmente a um tempo de equilíbrio. Assinalou também como o Fundo para o desenvolvimento dos Povos Indígenas gera processos de concertação no sector académico, político e entre os governos para a transformação das sociedades ibero-americanas através de processos de inclusão e acesso a sistemas de informação que dêem conta dos valores e contribuições dos povos indígenas. O Fundo também vela pela preservação dos seus direitos e do seu desenvolvimento com autonomia para tornar real o bom viver e criar estados de paz nos nossos diferentes territórios, gerando novos paradigmas de convivência, afirmou.

Pela sua parte, o ministro espanhol Moratinos recordou que desde a II Cúpula Ibero-Americana já se reconheceu com força a necessidade de fortalecer as sociedades e povos indígenas e que a cooperação espanhola tem sempre as suas prioridades apoiar este desenvolvimento.

Durante o acto foi outorgada ao Secretário-Geral Ibero-Americano, Enrique V. Iglesias, a condecoração do Quinto Sol, em reconhecimento do seu trabalho à frente da SEGIB para lutar pela reparação da dívida histórica e da restituição de direitos das comunidades indígenas por parte dos estados e da comunidade internacional.

Nas suas palavras de agradecimento, o Secretário-Geral valorizou esta condecoração como um verdadeiro símbolo dos avanços que se conseguiram nos vinte anos que passaram desde a constituição do Fundo Indígena. “Existe um país, Bolívia, em que um membro de uma etnia indígena chegou à presidência da nação, e houve um avanço por parte da comunidade internacional no reconhecimento da dívida histórica e a necessidade de reparar danos causados no passado”, assinalou. “Os conhecimentos ancestrais, a medicina medicinal, a relação do homem com a natureza, são temas que apenas agora estão a ser redescobertos pelo chamado mundo desenvolvido. Por isso o Fundo é importante, como instrumento para servir o objectivo de fortalecer a educação, a integração em todos os sentidos dos povos indígenas.”

 

 

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